O juiz Stefan Oliveira Ladislau, da Vara Única da Comarca de Piracuruca, recebeu ontem (25) denúncia do Ministério Público e tornou ré por homicídio qualificado, por motivo fútil, Maria Edna Lima da Silva, acusada de assassinar o marido Wadson da Silveira Fonteles com uma facada no peito durante uma discussão ocorrida no dia 13 de março deste ano.
O Ministério Público, através do promotor Luiz Antonio França Gomes, da 1ª Promotoria de Justiça de Piracuruca, pede que Maria Edna seja pronunciada e submetida a julgamento pelo Tribunal Popular do Júri. Ao receber a denúncia, o juiz determinou a citação para que a acusada apresente resposta no prazo legal. Caso seja condenada, Maria Edna poderá pegar até 30 anos de prisão.
Conforme Exame Cadavérico e Laudo de Exame Pericial em Local de Crime, a vítima sofreu diversos ferimentos por arma branca, apresentando, inclusive, lesões de defesa no antebraço e na mão. O casal convivia em união estável e desta união, sobreveio um filho, atualmente com apenas dois meses de idade.
Crime
Um homem identificado como Wadson da Silveira Fonteles, de 28 anos, foi morto com uma facada no peito no dia 13 de março, por volta de 20h30, na cidade de Piracuruca, Norte do Piauí. A suspeita de cometer o crime é a esposa da vítima, identificada como Maria Edna Lima da Silva, de 27 anos, que foi presa em flagrante ainda no mesmo dia.
Conforme a Polícia Civil de Piracuruca, o casal, que possui um filho de apenas 2 meses de idade, estava bebendo na barragem de Piracuruca momentos antes da discussão, que se estendeu até chegarem à residência em que conviviam.
Por volta das 20h do mesmo dia, em sua residência, motivada pela discussão, Maria Edna desferiu golpes com uma faca de mesa contra seu companheiro, tendo um dos golpes causado um profundo ferimento na região peitoral esquerda, desencadeando hemorragia intensa, levando a vítima a óbito.
Acusada não agiu em legítima defesa, diz Polícia Civil
De acordo com o delegado Abimael Silva, o laudo emitido pelo médico legista da Polícia Técnico-Científica do Piauí revelou existência de lesões de defesa em Wadson da Silveira Fonteles (braço direito), o que afasta a alegação de que a investigada agiu em legítima defesa.
Segundo a autoridade policial, testemunhas ouvidas no auto de prisão em flagrante narraram que a investigada já possuía histórico de violência contra Wadson, pois já o havia ameaçado com uma faca no pescoço e na ocasião o então marido não reagiu.
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