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Teresina - Piauí

River 76 anos: torcedor do Galo tem o amor pelo clube gravado na pele

Marcelo Tennile é apaixonado pelo River, clube que completa 76 anos neste 1 de março. Conheça a história.

Marcelo Tennile é churrasqueiro e dono de uma hamburgueria em Teresina, e além da paixão pelo trabalho, ele tem uma que supera todas as outras: o amor pelo River Atlético Clube. Neste 1 de março, o clube tricolor completa 76 anos e o GP1 Esporte conversou com o torcedor riverino, de 41 anos.

Início da paixão


Marcelo estudava no centro de Teresina e sua avó morava próximo, na rua Benjamin Constant. Foi um dia de passagem por lá que ele ouviu falar da final do Campeonato Piauiense de 1996, o 56º torneio de futebol organizado pela FFP. No Lindolfo Monteiro, River e Corisabbá se enfrentaram e o Galo conquistou naquela ocasião seu 22º título dos 31 que o pertencem. A atmosfera que o Marcelo de 14 anos viu ao chegar no Lindolfinho foi o que despertou a vontade de torcer pelas cores tricolores.

Foto: Renato Rodrigues/GP1 EsporteHomenagens de Marcelo ao clube do coração. São seis tatuagens no total
Homenagens de Marcelo ao clube do coração. São seis tatuagens no total

“Todo mundo falava dessa final e eu falei ‘vou para o jogo’ e fui. Deixei minha bicicleta na porta do estádio e entrei, vi aquele negócio completamente diferente, as bandeirolas, torcida gritando a charanga tocando e eu fui para o outro lado, na geral”, contou Marcelo.

O River ganhou aquela partida por 1 a 0, com gol de Mayran, como contou Marcelão à nossa reportagem. O garoto Marcelo nunca havia assistido a uma partida de futebol de perto, somente pela televisão. Ver o Galo vencer aquele campeonato em 1996 foi o início de uma paixão que já viajou de norte a sum do país para ver as cores riverinas.

Paixão cravada no corpo

Em 2012 o River venceu o Flamengo-PI no jogo de ida das finais, 2 a 0. Confiante do título, Marcelão foi para o jogo de volta certo de que veria o Galo levaria mais um título para o CT Afrânio Nunes, a torcida viu os Rubro-Negros vencerem a partida por 3 a 0. A derrota fez com que Marcelo tomasse a primeira decisão de fazer a primeira tatuagem do River.

“Um empate a gente seria campeão piauiense, estávamos na derrota já fazia muito tempo, no 2ºT, os caras meteram 3 a 0 na gente. Eu olhava para o lado tinha menino chorando, olhava para o outro via velho chorando. Eles foram campeões e nós engolimos o choro. No outro dia, fiz a primeira”, disse Marcelo.

Foto: Renato Rodrigues/GP1 EsporteMarcelo Tennile exibe suas camisas do River
Marcelo Tennile exibe suas camisas do River

O evento marcante acabou por se tornar uma marca de Marcelo. Além da primeira tatuagem no braço direito, o torcedor riverino tem outras cinco, nas costas, pernas e braço esquerdo. A segunda tatuagem foi feita na ida do Galo à Copa do Nordeste.

Promessa não cumprida

Na conquista do acesso à Série C do Campeonato Brasileiro, o River jogou contra o Guarani de Juazeiro (CE). 14 pessoas foram e prometeram a Padre Cícero uma camisa oficial do time caso o acesso se tornasse realidade.

Na partida decisiva, perdendo de 1 a 0 no jogo de volta, Fabinho (sim, o Fabinho) fez o gol do empate que garantiu o acesso do Galo. Com o acesso na bagagem, faltou uma parte do acordo com Padre Cícero, a camisa riverina. O resultado foi uma sequência de derrotas.

Foto: Renato Rodrigues/GP1 EsporteO aficionado chegou a mandar fazer réplicas de camisas utilizadas pelo clube nas décadas d 60 e 70
O aficionado chegou a mandar fazer réplicas de camisas utilizadas pelo clube nas décadas de 60 e 70

“Fomos campeões piauiense e na Série C só taca por cima de taca. Comprei minha passagem, fui pra Juazeiro e paguei a promessa, depois disso, tivemos um empate e uma vitória. De lá para cá, quem não pagou essa promessa, deu ruim, de lá para cá o River só tem levado taca”, contou Marcelo. A solução segundo ele, é não fazer mais promessas a santo nenhum.

“Com heroísmo e com paixão”

O trecho do hino composto pelo Maestro Luis Santos em 1964 e tatuado em Marcelo fala muito sobre o sentimento dos torcedores riverinos. Em 4º lugar no Campeonato Piauiense, o Galo não vence há cinco partidas (4 derrotas e um empate), o clube volta à campo para mais um Rivengo, no próximo domingo (6), às 16h, no Estádio Lindolfo Monteiro.

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