Renato Rodrigues
Paulo Vitalino
Fernando Tonet aproveitou a saudade do irmão que já somava 15 anos para estudar. Em Portugal com a família, o técnico do Altos aproveitou a ocasião para respirar um pouco do futebol lusitano e visitou as dependências do Porto e Boa Vista.
Em meio aos corredores dos clubes e as conversas com profissionais, o treinador traçou paralelos com o futebol brasileiro e conseguiu encontrar semelhanças na aplicação. A Série A do Campeonato Brasileiro terá 10 técnicos estrangeiros em 2023 e sete destes são portugueses. Tonet tem uma opinião crítica sobre o assunto, e o técnico vê uma avalição superestimada com relação a resultados. O fenômeno dos técnicos estrangeiros ganhou uma nova dinâmica que teve início com a vinda do argentino Jorge Sampaoli para o Santos e explodiu com o português Jorge Jesus no Flamengo e se consolidou com Abel Ferreira, no Palmeiras.
“Algumas coisas são interessantes, outras são muito parecidas com o Brasil, não a uma diferença gigantesca como muitos dizem, isso na minha opinião. Se criou uma moda de treinadores portugueses no Brasil, e a gente sabe que é assim que funciona, quando tiver dando bons resultados, mas daqui a pouco pode não ser mais. Eu acredito muito em modismo, em coisas que as pessoas analisam somente o resultado e aí temos essas dificuldades”, disse o treinador.
O técnico foi além e aproveitou a ocasião para falar sobre o tema em voga após a dolorosa eliminação do Brasil diante da Croácia, nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar. Em meio a polêmicas sobre se a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deve escolher um técnico estrangeiro e a prata da casa para dirigir a Seleção Brasileira no próximo ciclo até a Copa do Mundo de 2026, Tonet não esconde sua predileção por um treinador brasileiro. Por hora, quem parece liderar a corrida é o italiano Carlo Ancelloti, técnico do Real Madrid.
“Na mesma que época que a Alemanha foi campeã do mundo, que ganhou de 7 a 1 do Brasil, o futebol alemão era modelo de futebol mundial desde da base. E já são duas Copas que a Alemanha não passa da primeira fase, cadê o modelo? Eu ainda sou muito a favor dos técnicos brasileiros. Aproveitando esse assunto que estive lá fora, para mim a seleção brasileira tem que ser dirigida por um brasileiro”, ressaltou.
Os trabalhos seguem no Jacaré, que vai a campo no dia 5 de janeiro em confronto eliminatório contra a Jacuipense, de olho em uma vaga na fase de grupos da Copa do Nordeste. Caso avance, o Altos vai para o segundo jogo eliminatório e, vencedor, estará na Lampions. No Campeonato Piauiense, o alviverde estreia dia 11 de janeiro, contra o corisabbá, no estádio Tibério Nunes.
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