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Teresina - Piauí

CRM constata irregularidades e interdita Hospital do Buenos Aires de Teresina

A Interdição Ética Parcial foi decidida ainda na noite dessa quarta (30) pela diretoria do CRM-PI.

Alef Leão/GP1 1 / 17 CRM-PI interdita Hospital Geral do Buenos Aires CRM-PI interdita Hospital Geral do Buenos Aires
Lucas Dias/GP1 2 / 17 Hospital Geral do Buenos Aires Hospital Geral do Buenos Aires
Lucas Dias/GP1 3 / 17 Conselho Regional de Medicina do Piauí interdita Hospital Geral do Buenos Aires Conselho Regional de Medicina do Piauí interdita Hospital Geral do Buenos Aires
Lucas Dias/GP1 4 / 17 CRM-PI interdita Hospital Geral do Buenos Aires após verificar irregularidades CRM-PI interdita Hospital Geral do Buenos Aires após verificar irregularidades
Lucas Dias/GP1 5 / 17 CRM-PI interdita Hospital Geral do Buenos Aires CRM-PI interdita Hospital Geral do Buenos Aires
Lucas Dias/GP1 6 / 17 Hospital Geral do Buenos Aires é interditado Hospital Geral do Buenos Aires é interditado
Lucas Dias/GP1 7 / 17 Hospital Geral do Buenos Aires Hospital Geral do Buenos Aires
Lucas Dias/GP1 8 / 17 CRM-PI interdita Hospital Geral do Buenos Aires CRM-PI interdita Hospital Geral do Buenos Aires
Lucas Dias/GP1 9 / 17 Conselho Regional de Medicina do Piauí, CRM-PI Conselho Regional de Medicina do Piauí, CRM-PI
Lucas Dias/GP1 10 / 17 CRM CRM
Lucas Dias/GP1 11 / 17 Hospital Geral do Buenos Aires é interditado pelo CRM-PI Hospital Geral do Buenos Aires é interditado pelo CRM-PI
Lucas Dias/GP1 12 / 17 Gilberto Albuquerque Gilberto Albuquerque
Lucas Dias/GP1 13 / 17 Dagoberto Silveira, presidente do CRM Dagoberto Silveira, presidente do CRM
Lucas Dias/GP1 14 / 17 Promotor Eny Pontes Promotor Eny Pontes
Lucas Dias/GP1 15 / 17 Mirian Parente, vice-presidente do CRM-PI Mirian Parente, vice-presidente do CRM-PI
Lucas Dias/GP1 16 / 17 Membros do CRM-PI Membros do CRM-PI
Lucas Dias/GP1 17 / 17 Promotor de Justiça Eny Pontes Promotor de Justiça Eny Pontes

O Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) interditou, na manhã desta quinta-feira (01), o Hospital Geral do Buenos Aires, na zona norte de Teresina. A Interdição Ética Parcial foi decidida ainda na noite dessa quarta (30) após a constatação de diversas irregularidades.

O presidente do CRM-PI, Dagoberto Silveira, esteve no hospital e explicou algumas das irregularidades que foram constatadas no hospital durante as fiscalizações. "Nós tivemos casos de crianças que foram atendidas por telefone, quando uma neonatologista estava informando a uma atendente de enfermagem como proceder. Além disso, nós temos problemas de insumos como a falta de medicamentos. Em março nós constatamos problemas nos equipamentos de fototerapia, mas não resolveram e isso vem protelando, gente vinha fazendo as vistorias, mandando relatórios e não tivemos resposta. Então, nós tivemos que tomar a decisão de interdição”, explicou.


Morte por falta de médico

O presidente disse ainda que foi constatada pelo menos uma morte por falta de médicos e defendeu que a culpa desses problemas é da gestão pública. “Segundo as informações dos próprios médicos houve pelo menos uma morte por falta de médico. E o que acontece muito também é que sempre se pensa que o médico é o culpado e não é. Os culpados são os gestores que não tomam providências”, enfatizou Dagoberto Silveira.

Pacientes internados

A vice-presidente do CRM-PI, Mírian Parente, explicou que os pacientes que já estão internados não serão prejudicados com a interdição do hospital. "A interdição do Conselho vai ser das portas, ou seja, o paciente não vai ser atendido caso ele chegue ao Hospital Buenos Aires ou à Maternidade, nem por entrada nem por regulação. No entanto, os pacientes já internados vão continuar seu atendimento normal até seja resolvida essa situação. A gente espera que a prefeitura resolva isso o mais rápido possível, depende dos gestores”, afirmou.

FMS

O presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque, acompanhou a interdição do hospital e afirmou que algumas demandas apontadas pelo CRM já estão sendo resolvidas.

“Nós estivemos discutindo com o CRM, o Ministério Público, levantando as solicitações, muitas delas já foram dadas andamento, outras com certeza serão aceleradas daqui para frente e nós seguiremos aqui fazendo tudo o que for possível”, declarou Gilberto Albuquerque.

“Nós temos vários itens aqui apontados. O primeiro item, que foi a principal queixa do CRM, a ausência dos dois diretores geral e administrativo, o prefeito já nos assegurou que vai tomar providências muito em breve”, completou o presidente da FMS.

Ministério Público

O promotor de Justiça e chefe de gabinete do Ministério Público do Estado, Eny Marcos Vieira Pontes, enfatizou que os problemas nos hospitais públicos de Teresina são constantes. “Isso não é novidade na saúde pública da Capital. Há dois anos assistimos às dificuldades para os profissionais da saúde trabalharem, com a falta de insumos, com escalas incompletas e com episódios de falecimento”, falou.

O promotor afirmou ainda que para tomar medidas judiciais é preciso apurar as responsabilidades. "Agora para responsabilizar nós temos tem que apurar. Essa notícia do falecimento de um bebê que foi atendido por telemedicina é insustentável. Uma maternidade tem que ter na sua escala, diariamente, neonatologista para atender pessoalmente esses bebês. Não se resolve medicina dessa forma. Não se resolve saúde pública dessa forma", enfatizou.

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