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Teresina - Piauí

Dr. Pessoa exonera Eduardo Draga Alana após ação da Polícia Civil

"A exoneração foi em caráter de urgência e já deve sair no Diário do Municipio de hoje", afirmou.

O prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, exonerou Eduardo Draga Alana do cargo de secretário municipal de Juventude, nesta quinta-feira (24). A informação foi repassada ao GP1 pelo próprio prefeito que tomou a decisão depois da operação deflagrada pela Polícia Civil, nessa quarta-feira (23), contra empresários acusados de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Draga Alana conduzia um dos carros apreendidos no âmbito da Operação Mandarim.

O prefeito disse que mantém a postura de integridade e que cobra de todos os seus auxiliares a mesma conduta. Ainda de acordo com o chefe do Palácio da Cidade, a exoneração de Draga Alana foi em caráter de urgência e já deve ser publicada no Diário Oficial desta quinta-feira.


Foto: Lucas Dias/GP1Eduardo Draga Alana
Eduardo Draga Alana

"Já demiti desde cedo. A exoneração foi em caráter de urgência e já deve sair no Diário do Município de hoje. Eu sempre mantive uma postura de integridade e cobro que todos que estão ao meu lado ajam da mesma forma", disse o prefeito ao GP1.

A saída de Draga Alana acelera as mudanças administrativas que deverão ser feitas pelo prefeito Dr. Pessoa nos próximos meses.

Draga Alana não foi alvo da Operação Mandarim

Um dos carros sequestrados no âmbito da Operação Mandarim, nessa quarta-feira (23), foi encontrado sendo conduzido pelo suplente de vereador Eduardo Draga Alana.

Questionado pelo GP1 se Draga Alana tinha envolvimento na ação deflagrada ontem, o coordenador da Delegacia de Repressão e Prevenção a Entorpecentes (DEPRE), delegado Everton Férrer, afirmou que ele foi abordado com o veículo em via pública, mas que não há investigação em seu desfavor.

“Ele [Draga Alana] não foi conduzido até a DEPRE para ser ouvido, pois não havia condução coercitiva ou outra ordem judicial em seu desfavor. Ele deverá ser intimado para prestar esclarecimentos sobre o carro. Apenas isso. Não há, no momento, investigação sobre ele no inquérito policial da Operação Mandarim”, disse o delegado Everton Férrer ao GP1.

Operação Mandarim

A Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (Depre) deflagrou nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (23), a "Operação Mandarim", com objetivo de cumprir 13 mandados de busca e apreensão e 9 mandados de prisão preventiva contra envolvidos com o tráfico de drogas e associação para o tráfico nas cidades de Teresina e Timon.

A investigação teve início em 2018, com objetivo de desarticular a organização criminosa voltada para o tráfico de drogas liderado por um indivíduo identificado como Paulo Henrique da Costa Ramos Lustosa, conhecido como “Paulinho Chinês”.

Ao decorrer da investigação, várias diligências foram realizadas, pessoas presas e drogas apreendidas.

Lista dos presos

Durante a operação foram presos Raimundo Nonato Araújo Borges Filho, André Kaue Dias Viana, Govandi Freire de Sá Filho, Fátima, Lorena da Silva Lustosa Ramos e Vitor Levi, além dos três empresários divulgados mais cedo pelo GP1, Paulo Henrique da Costa Ramos Lustosa, o “Paulinho Chinês”, Ítalo Freire Soares de Sá e Ramon Santiago Matos Nascimento.

Como funcionava o esquema

Durante coletiva, o delegado Tiago Silva explanou como funcionava o esquema de lavagem de dinheiro que envolvia empresários. “Os empresários entravam nessa parte da lavagem, na ocultação do patrimônio, principalmente, na construção de imóveis. A partir disso foram feitos o sequestro e o bloqueio das contas e das aplicações financeiras justamente para inquérito posterior em relação à lavagem, que já está em tramitação e que vai apurar de maneira mais profunda a presença de outros eventuais investigados”, pontuou.

“Os empreendimentos eram construídos com o dinheiro do tráfico. O líder dessa associação para o tráfico, o Paulinho Chinês, tinha a cultura de investir todos os seus ganhos dos proventos obtidos com o tráfico de drogas na construção de imóveis”, completou o delegado Tiago Silva.

Ainda de acordo com o delegado, a investigação constatou que o Paulinho Chinês era quem negociava a droga. “Depois de um certo tempo ele passou a não ter nenhum intermediário nessa compra do entorpecente, ele próprio fazia a negociação”, relatou Tiago Silva.

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