O juiz Alexsandro de Araújo Trindade converteu em preventiva as prisões do empresário Paulo Henrique da Costa Ramos Lustosa e de Alexandre do Nascimento Silva, que haviam sido presos em flagrante na última quarta-feira (09) em Teresina com 30 kg de cocaína, droga avaliada em quase R$ 3 milhões. A decisão judicial foi proferida na quinta-feira (10).
Paulo Henrique, também conhecido como Paulinho Chinês, e Alexandre do Nascimento foram presos após serem flagrados dentro de um carro transportando a droga na zona sudeste da Capital. Eles foram autuados pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, e por conta disso a Polícia Civil representou pela prisão preventiva da dupla.
Citado a se manifestar, o Ministério Público também requereu a conversão da prisão em preventiva, alegando a gravidade concreta da conduta praticada.
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Os advogados dos acusados discordaram do parecer ministerial, argumentando que não havia fundamentos para manutenção da prisão preventiva dos dois, por se tratarem de réus primários e não integrarem organizações criminosas. Também alegaram que Paulo Henrique e Alexandre possuem trabalhos lícitos, endereços fixos e filhos menores de idade.
No caso de Paulo Henrique, seu advogado pediu que, caso fosse decretada a preventiva, esta fosse convertida em domiciliar, pelo fato de ele possuir um filho menor de idade com condições especiais.
Ao analisar os pedidos, o magistrado desconsiderou as argumentações dos advogados e concordou com o Ministério Público, entendendo que a liberdade dos autuados representa um risco à ordem pública. “A liberdade dos custodiados revela-se comprometedora à garantia da ordem pública, sob o prisma da gravidade concreta da conduta”, declarou o juiz.
Quanto ao pedido da defesa de Paulo Henrique, o magistrado afirmou que não havia nos autos elementos que demonstrassem concretamente que o acusado fosse o único responsável por seus filhos, motivo pelo qual indeferiu o pedido de prisão domiciliar.
“Em consonância com o parecer ministerial, converto a prisão em flagrante em prisão preventiva dos autuados Alexandre do Nascimento Silva e Paulo Henrique da Costa Ramos Lustosa, diante do justo receio de que, em liberdade, causem risco à ordem pública”, determinou o juiz Alexsandro de Araújo Trindade.
Prisão
Consta nos autos que a Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes – DEPRE começou a investigar Paulo Henrique após receber denúncias anônimas de que na sua residência havia um fluxo intenso de pessoas, entrando e saindo com sacolas e caixas.
Após monitorar a casa, os policiais flagraram Paulo Henrique entregando sacolas a um homem identificado como Ramon Rangel, que chegou no endereço em um carro. A equipe começou a seguir o suspeito e ele conseguiu escapar, abandonando o carro mais à frente.
Voltando para a residência de Paulo Henrique, os policiais encontraram o acusado entregando outras sacolas, dessa vez a Alexandre do Nascimento, que estava em um carro. Nesse momento, foi dada voz de prisão à dupla, e dentro do veículo foram encontrados 30 tabletes de cocaína – cerca de 31kg – avaliados em cerca de R$ 3 milhões.
A Depre trabalha pra prender Ramon Rangel, que segue foragido.
Empresas de Paulo Henrique
Paulo Henrique Lustosa é proprietário de duas empresas: a IPK Empreendimentos Imobiliários Eireli e P. H. da C. R. Lustosa Artigos do Vestuário LTDA. O capital social da IPK Empreendimentos é de R$ 500 mil.
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