Foi aberto nessa quarta-feira (26), pela Prefeitura de Floriano, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social (Semdas) em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Comude), o minicurso de Libras - Língua Brasileira de Sinais, voltado às pessoas que ainda não sabem se comunicar por meio de sinais.
Um público diversificado de mais de cem pessoas, composto por professores, dentistas, cuidadores, conselheiros, mães, universitários, entre outros, lotaram o auditório da Semdas para receber as primeiras orientações do curso que tem como objetivo facilitar a comunicação do público em geral com as pessoas surdas. Participaram da abertura, a secretária de Assistência Social, Rafaela Barros, que também representou o prefeito Antônio Reis Neto; a presidente do Comude, Eliene Pereira Guimarães; o vereador e membro do Comude, Carlos Eduardo, além dos ministrantes e de intérpretes de Libras.
O curso está sendo ministrado por acadêmicos surdos dos cursos de Psicologia e Biologia do campus da UFPI de Floriano: Joyciane Rocha, Juliana Salles e Fábio da Paz, cujas falas em sinais são traduzidas por Eliene Guimarães, a presidente do Comude e pelas professoras e intérpretes de Libras: Lucimar Silva e Luzânia Leite. “Esse é o diferencial do curso. São as próprias pessoas com surdez que ministram as aulas, e nós, intérpretes, damos voz a elas, traduzimos o que elas falam”, explicou Eliene.
No curso de Libras, serão ministrados conteúdos sobre Legislação, voltada à pessoa surda, alfabeto manual, saudações, cumprimentos e conversação básica. A ideia, segundo os organizadores, é que os participantes aprendam pelo menos o básico da língua de sinais, de forma que facilite a conversação, habilitando-os a se comunicarem de forma básica e imediata com os surdos para atender às necessidades deles em variados tipos de atendimento, como em hospitais, bancos, no comércio, em supermercados, entre outros.
O minicurso de Libras tem carga horária de 80 horas, com aulas ministradas nas datas 26 e 27 de outubro; e 03 e 04 de novembro, no auditório da Semdas. “Este curso é um momento histórico para Floriano, porque pessoas de vários setores estão interessadas em aprender a conversar em Libras para melhorar a comunicação com a pessoa surda, e nós, gestores públicos, estamos tendo a felicidade de proporcionar isso, de ampliar esse processo de inclusão para tantas pessoas que precisam desse acesso básico que é a comunicação, que precisam ser entendidas e atendidas em suas necessidades”, disse a secretária Rafaela Barros.
Um levantamento feito pela professora doutoranda Roberta, da Universidade Federal do Piauí, apontou que 4.131 pessoas da região de Floriano e Barão de Grajaú têm algum tipo de deficiência auditiva, sendo o maior público em Floriano, com 3.309 pessoas, e Barão com 822 pessoas. “Esse curso nasceu dessa necessidade de comunicação em Libras pelo menos com o básico” concluiu Eliene.
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