Nayrana Meireles
Brunno Suênio
O diretor do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o Barêtta, fez um desabafo em entrevista à imprensa na manhã desta quarta-feira (26), após o assassinato do sargento da Polícia Militar do Piauí André Freitas Maia.
O delegado Barêtta afirmou que recebeu com muita tristeza a notícia sobre a morte do sargento da PM, mas garantiu que não vai baixar a cabeça para os criminosos que realizaram o crime. O sargento André Maia foi morto a tiros e teve sua arma roubada durante um assalto na madrugada desta quarta-feira (26), na Avenida dos Ipês, zona sudeste de Teresina.
“É um misto de tristeza, mas também de vontade de lutar e defender a sociedade. O que a gente não pode é baixar a cabeça para criminosos. Eu volto a dizer, a polícia apanha muito quando as pessoas batem na porta para cobrar serviço, mas muito das vezes a polícia é cobrada e os outros órgãos não são cobrados. A polícia sozinha não trabalha. Temos muitos meliantes soltos que muitas vezes na audiência de custódia são mandados para casa. Temos que harmonizar esse trabalho: a polícia, o Poder Judiciário e o Ministério Público. Não dá mais para se conviver com esses atos dissonantes porque é a sociedade quem paga e paga caro. Você vê um agente do Estado que acabou se sair de uma operação indo para a sua residência e foi morto. Ele não estava em uma festa, ele não estava em um bar, ele estava a serviço, devidamente fardado e pronto para o embate, para defender a sociedade”, desabafou Barêtta.
Investigações
Segundo o delegado Barêtta, uma equipe já foi designada para dar seguimento às investigações sobre o caso, que já foram iniciadas no local do crime. “Recebemos a informação dessa morte violenta por volta de 1h20. Imediatamente o plantão se deslocou para o local, fez todos os levantamentos preliminares e eu já designei a equipe comandada pelo delegado Divanilson, da DH Leste, para dar prosseguimento a investigação de seguimento e identificar e prender os meliantes”, informou Barêtta.
Apesar dos elementos iniciais apontarem para um latrocínio, o diretor do DHPP não descartou a hipótese o crime ter sido uma ação premeditada pelos criminosos. “A gente não pode teorizar sem conhecer todos os elementos. Ainda faltam alguns elementos para dizermos se se trata de um roubo seguido de morte ou de um homicídio. Independente da natureza jurídica é um fato gravíssimo. Um ataque contra um agente de segurança é um ataque contra a sociedade. Mas vamos dar essa resposta o mais rápido possível identificando e prendendo os criminosos”, garantiu o delegado Barêtta.
PM foi morto com tiro na testa
O diretor do DHPP revelou ainda que o sargento da Polícia Militar do Piauí foi atingido com um único disparo de arma de fogo na testa, mas que ainda não é possível afirmar se ele estava em movimento quando foi atingido.
“Quando a equipe chegou lá o corpo estava estendido em via pública com uma lesão frontal na altura da testa. Evidentemente que quem vai dizer todos os detalhes é o perito criminal e o legista, que vai dizer o ângulo de entrada do projétil, pois vamos ver em que ângulo estava o atirador, se estava em movimento ou se estava próximo dele. No local não foi encontrada a arma dele. Lá tinha um carregador no chão, que provavelmente ele carregava como substituto, que estava no chão. O colete estava rasgado como se ele tivesse caído. Tudo isso está sendo analisado pela perícia criminal para nos dar toda a dinâmica. Contudo, a investigação de campo já está sendo realizada”, revelou Barêtta.
“Nós estamos aguardando o laudo pericial no sentido que a gente possa informar isso [se ele foi atingido em movimento]. O ângulo do disparo vai dizer a altura do atirador e em que ângulo ele estava, para saber se ele estava em movimento ou foi interceptado por alguém quando ele estava se deslocando”, finalizou o diretor do Departamento de Homicídio.
O crime
O sargento da Polícia Militar do Piauí, André Freitas Maia, foi assassinado e teve sua arma levada durante um assalto na madrugada desta quarta-feira (26), por volta de 1h, na Avenida dos Ipês, zona sudeste de Teresina.
O GP1 apurou que o sargento da Polícia Militar havia acabado de deixar o plantão na Operação Metraton e estava se deslocando pela Avenida dos Ipês quando foi surpreendido por criminosos, que anunciaram o assalto e tomaram sua arma de fogo.
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