Brunno Suênio
A Polícia Civil do Piauí deflagrou na manhã desta terça-feira (18) a Operação Autólicos dos Cocais e prendeu 11 pessoas por envolvimento em furtos de gado, ovelhas e porcos no município de Esperantina, região Norte do Piauí. A ação foi desencadeada pela Delegacia Regional de Esperantina com o apoio da PM de Esperantina, Polícia Civil de Barras, Batalha, Matias Olímpio, Porto e Luzilândia.
Ao todo, foram expedidas 23 ordens judiciais, das quais 12 eram relacionadas a busca e apreensão e 11 de prisão.
De acordo com o delegado Ayslan Magalhães, os policiais passaram a investigar os furtos dos animais após formalização de denúncias dos proprietários, que procuraram a Polícia Civil. No bojo das investigações, a Polícia Civil identificou a existência de dois núcleos com lideranças distintas, que tinham como responsabilidade controlar os demais membros do grupo que furtavam os animais e fazer a ligação com os receptadores, que comercializavam as carnes.
“Essas buscas e prisão são resultados da deflagração da Operação Alcoólicos dos Cocais que tem o objetivo de desmontar uma organização criminosa que atuava aqui na região de Esperantina, praticando o crime de furto de animais e receptação qualificada. A operação foi um sucesso, foram cumpridos todos os mandados e os presos serão encaminhados hoje para audiência de custódia e logo após serão encaminhados diretamente para a penitenciária”, disse o delegado.
Como funcionava o esquema
“Como observado aí nos dois diagramas, a Polícia Civil de Esperantina conseguiu identificar dois esquemas envolvendo furto de animal e receptação qualificada por parte de alguns açougues aqui de Esperantina. Em um esquema, o Anderson era o líder da organização criminosa. Ele comandava e fazia o elo entre os compradores e os alvos que iriam a campo furtar gado, ovelha, porco, vários tipos de animais. A Operação Autódromo dos Cocais já está na terceira etapa, a primeira etapa começou com a prisão em flagrante do Anderson. A segunda etapa foram presos os Epinha e o Gustavo e, a partir daí, identificamos esses outros elementos, dando cumprimento aos mandados na data de hoje”, explicou o delegado Ayslan Magalhães.
Indiciamento
Ao final da investigação, a autoridade policial deverá indiciar os envolvidos à medida das responsabilidades pelos crimes de organização criminosa, furto de animal e receptação qualificada.
“A partir do interrogatório, que vai ser realizado hoje, nós vamos identificar se o dono do açougue participava diretamente do furto de animal, ou se eram apenas receptadores. Sendo receptadores, responderão pela receptação qualificada, que tem uma pena que pode ser de até oito anos, uma pena bem mais alta em relação à receptação dolosa simples. A Polícia Civil vai continuar com as investigações, proceder aos interrogatórios e os investigados serão indiciados pela pelos crimes de organização criminosa, furto de animal e receptação qualificada”, finalizou o delegado Ayslan Magalhães.
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