Acontece, nesta segunda-feira (20), o primeiro julgamento de um dos acusados de matar o cabo Claudemir Sousa, na porta de uma academia no bairro Saci, zona sul de Teresina, em 06 de dezembro de 2016. Thais Monait Neris de Oliveira foi apontada na investigação como tendo exercido a função de “olheira” no dia do crime e será julgada pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e associação criminosa.
O julgamento está sendo presidido pelo juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto no auditório do Fórum Desembargador Joaquim de Sousa Neto, na 1ª Vara do Júri. A irmã de Claudemir, Carliene de Paula, e outros três familiares foram até a 1ª Vara com a intenção de acompanhar o julgamento, contudo o juiz Antônio Nollêto, não permitiu a presença deles.
“Eles falaram que por conta da pandemia o Tribunal de Justiça está com protocolo de medidas de segurança, mas pensamos que a família pudesse acompanhar, viemos em quatro, um número resumido, mas o juiz não permitiu e pediu que nos retirássemos”, contou Carliene ao GP1.
Bastante emocionada, Carliene contou que a família espera que Thais seja condenada e que saia do julgamento presa. “A gente está nessa ansiedade. Esperamos que seja a primeira condenação de fato, que seja a primeira pessoa que vai sair condenada e queremos que ela saia daqui presa. A gente sabe que ainda tem um caminho a ser percorrido, porque ainda faltam 4 julgamentos e nem sabemos quando serão julgados", afirmou.
“A investigação apontou a participação dela como olheira, ela apontou quem era meu irmão e queremos que ela pague pelo crime. A gente sabe que não vai trazer ele de volta, mas depois de tanto tempo esperando por isso, pelo primeiro julgamento, mas esperamos que seja uma resposta não só para a família, mas para a sociedade”, declarou a irmã de Claudemir.
Relembre o caso
O cabo Claudemir Sousa, lotado no Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar, foi morto com vários tiros, no dia 6 de dezembro de 2016, na porta de uma academia na avenida principal do bairro Saci, zona sul de Teresina. Uma câmera de segurança da academia flagrou o momento em que o policial foi surpreendido por um criminoso.
Horas após o assassinato, cinco pessoas foram presas acusadas de terem arquitetado e executado o crime, dentre essas, um funcionário da Infraero, que as primeiras investigações indicam que foi o mandante do assassinato, e também um taxista, que foi o responsável por agenciar quatro homens para matar o policial militar. Na tarde do mesmo dia foi preso Flávio Willames, que havia saído há dois meses do Complexo de Pedrinhas, em São Luís-MA.
Em janeiro de 2017, o promotor Régis de Moraes Marinho denunciou oito acusados da morte do policial: Maria Ocionira Barbosa de Sousa (ex-diretora administrativa do Hospital Areolino de Abreu), Leonardo Ferreira Lima (ex-funcionário da Infraero), Francisco Luan, Thaís Monait Neris de Oliveira, Igor Andrade Sousa, José Roberto Leal da Silva (taxista), Flávio Willame da Silva e Weslley Marlon Silva.
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