O Hospital Infantil Lucídio Portella (HILP), localizado em Teresina, está realizando de 12/08 até dia 16/08, um mutirão de cirurgias de combate à escoliose em crianças e adolescentes. O projeto tem como objetivo operar crianças carentes da fila do SUS com deformidades vertebrais. As cirurgias das crianças serão realizadas no HILP e a dos adolescentes, no Hospital Getúlio Vargas (HGV).
A ação faz parte do projeto Mude a Curva, um movimento filantrópico conduzido pela associação Brazilian Spine Study Group (BSSG), com o apoio da NuVasive, empresa de dispositivos médicos, e participação de profissionais voluntários, dentre ortopedistas, anestesistas e eletrofisiologistas.
No Hospital Infantil, serão feitas 11 cirurgias com crianças de até 13 anos de idade que estão na fila de espera, tinham a indicação médica para a operação e já passaram pela seletiva. Segundo o diretor do HILP, Vinicius Pontes, as cirurgias são consideradas de alta complexidade. “Por conta disso, estão sendo realizados apenas dois procedimentos por dia durante cinco dias. Elas vão ser acompanhadas no pós-operatório fazendo fisioterapia até a recuperação completa”, afirmou.
A escoliose é um encurtamento da coluna causado por uma curvatura lateral. Normalmente, a coluna vertebral é reta e alinhada, mas quando o paciente tem escoliose, a coluna acaba fazendo uma curva para um dos lados, em forma de “C” ou “S”, que pode causar problemas de saúde. Além de causar um transtorno estético, a escoliose pode trazer complicações para a saúde do indivíduo, como um excessivo desconforto muscular e o comprometimento da função pulmonar. Cerca de 3% das pessoas podem têm a escoliose em diferentes graus e tipos.
A escoliose pode ser congênita, ou seja, o indivíduo já nasce com ela, ou pode ser neuromuscular, resultado de algum processo do corpo, como, por exemplo, um crescimento muito rápido e acelerado, resultado da puberdade, ou uma assimetria das pernas que é compensada pelo desvio na coluna. Existe ainda a escoliose idiopática, cujas causas não podem ser devidamente identificadas.
"Atualizar a população sobre a necessidade do tratamento precoce. Quando isso acontece cerca de 60% de cirurgias para escoliose são evitadas. As pessoas que possuem essa deformidade vertebral têm dificuldades em praticar esportes, em respirar e sentem dores constantes, portanto o diagnóstico e tratamento precoce é importante para impedir tais problemas na vida adulta”, afirmou o gestor.
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