Germana Chaves
O deputado estadual Henrique Pires fez um desabafo ao falar sobre as insatisfações externadas pelo seu partido, o MDB, em relação a falta de diálogo com o governador Wellington Dias (PT-PI) acerca da composição da chapa proporcional para as eleições de 2022. Pires pediu respeito “a inteligência do MDB” e afirmou que sua sigla não faz chantagem com ninguém.
Apesar de não ter citado nomes, as declarações de Henrique foram uma alfinetada naqueles que têm criticado as cobranças do MDB, a exemplo de alguns petistas como o deputado estadual Franzé Silva. Ele disse em recente entrevista à nossa reportagem, que os emedebistas estariam sendo injustos com o governador.
“A composição da chapa tem partidos que atraem mais, porque têm espaços melhores e perspectiva de governo. Aí a gente ouve falar, ‘é movimento, é organização, base’. Aí pra gente [MDB] não dá. Modéstia à parte, tem que respeitar a capacidade de inteligência que o MDB tem”, disparou.
“Quando falo isso é porque, às vezes, alguns companheiros da Assembleia ficam falando algumas coisas que atentam contra nossa inteligência, pontuando coisas em cima do MDB que eles sabem que não são verdades. O MDB não faz chantagem, não está sendo ruim com ninguém. O MDB é aquele partido maior do Piauí que sempre deu sustentação aos governos Wellington Dias”, acrescentou o deputado.
Críticas do PT
Quando indagado sobre o julgamento negativo que o PT tem feito das insatisfações do MDB, Pires disse que cada um avalia a situação da forma que achar adequada. “Cada um fala o que deve. O MDB tem as suas conjecturas e os outros também. Não sei se eu estivesse do outro lado, eu estava pensando assim. Agora uma coisa eu sei, temos que respeitar a inteligência dos outros”, repetiu ao destacar que é grato ao governador. “Sou grato ao governador, tanto é que ele entregou o Instituto de Águas para meu pai, com experiência de administrador público, poder remontar e fazer as obras”, declarou.
Regina Sousa
Henrique Pires também fez elogios a vice-governadora do Piauí, Regina Sousa (PT) e afirmou que ela precisa ser ouvida nas discussões para 2022. “A vice-governadora tem que ser muito ouvida no processo eleitoral porque ela vai assumir o governo. Aliás, pela primeira vez na história do Piauí, uma pessoa assume o governo, tem direito [de tentar reeleição], está em um partido forte e não será candidata. Ela precisa ser ouvida e muito bem ouvida”, aconselhou Pires.
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