O juiz Ulysses Gonçalves da Silva Neto, da Vara única da Comarca de Altos, converteu em preventiva a prisão de Raimundo César da Silva, preso em flagrante no mesmo município acusado de agredir a esposa e ameaçar de morte o filho bebê. A decisão foi proferida na noite desta quinta-feira (15).
A prisão preventiva foi decretada após pedido do Ministério Público do Estado do Piauí. A Defensoria Pública, por sua vez, pediu a concessão de liberdade, contudo, o magistrado entendeu que, pelo depoimento da vítima e devido ao fato de Raimundo César já responder processos por violência doméstica, a manutenção de sua prisão se faz pertinente.
“Os depoimentos colacionados pela autoridade policial trazem indícios de autoria delitiva em desfavor do investigado, de modo suficiente a possibilitar a decretação da custódia cautelar mais gravosa”, declarou.
Segundo relato da vítima, que tem dois filhos com o acusado, ela chegou em casa afirmando que iria embora, e Raimundo César disse que ela só sairia de lá dentro de um caixão. Ela afirmou que ele começou a lhe agredir com murros, tapas e lhe mordeu no lado esquerdo da face. A jovem revelou ainda que o então companheiro chegou a dizer que mataria tanto ela como seus dois filhos.
Com isso, o juiz entendeu que Raimundo César representa um perigo para a sociedade. “Resta evidente a periculosidade de sua liberdade para o meio social”, apontou.
Assim, o magistrado decretou a prisão preventiva de Raimundo César da Silva, determinando sua imediata remoção para a Casa de Custódia, em Teresina. “Decreto a prisão preventiva de Raimundo Cesar da Silva, qualificado nos autos, para que permaneça custodiado à disposição deste juízo”, sentenciou o juiz Ulysses Gonçalves da Silva Neto.
Entenda o caso
Raimundo César da Silva, 20 anos, foi preso na tarde desta quarta-feira (14) acusado de agredir e ameaçar de morte a esposa e bebê. O fato ocorreu no bairro Barroquinha, no município de Altos.
A Polícia Civil do Piauí informou ao GP1 que a vítima relatou em depoimento que viveu momentos de terror nas mãos do acusado, que a todo instante falava que iria matar ela e o filho.
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