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Lagoa de São Francisco - Piauí

Covid-19: povos indígenas do Piauí reivindicam prioridade na vacinação

A reivindicação é baseada na Lei Estadual e um estudo científico denominado “No Piauí tem Índio Sim”.

A Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais, Espírito Santo (Apoinme) fez um apelo nesta segunda-feira (22) para que a população comece a ser vacinada no Piauí. O apelo foi feito pelo Cacique e coordenador da APOINME no estado, Henrique Manoel, do povo Tabajara-Tapuio, que localizam-se em Lagoa de São Francisco, na região sul do estado

A reivindicação é de que as populações originárias sejam imediatamente vacinadas. De acordo com o Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, somente povos indígenas aldeados – ou seja, aqueles que estão em terras demarcadas pela FUNAI – configuram-se enquanto grupo prioritário. Apenas dois estados brasileiros não tem terras indígenas demarcadas, ambos no Nordeste, Piauí e Rio Grande do Norte.


Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Indígenas
Indígena

Segundo monitoramento realizado por indígenas em parceria com pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI), já foram registrados 224 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus no estado. 1 pessoa Warao (etnia originária venezuelana) veio a óbito na capital piauiense.

“A constituição brasileira determina que os povos indígenas tem direito aos seus territórios tradicionalmente ocupados e à saúde diferenciada. É competência da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) realizar a demarcação das Terras Índigenas no Brasil”, destaca o manifesto da Apoinme.

Os indígenas denunciam que a mudança promovida pelo Ministério da Saúde é uma forma que o governo criou para manifestar o seu preconceito e discriminação para com os povos originários.

ASecretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) enviou, no dia 17 de março um ofício para o Ministério da Saúde que solicita a inclusão dos indígenas piauienses no grupo prioritário. Ao todo, são cerca de 1.103 aqueles com maiores de 18 anos aptos a receber a vacinação. A reivindicação é baseada na Lei Estadual e um estudo científico denominado “No Piauí tem Índio Sim”.

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