A Justiça da Comarca de Pedro II marcou para 15 de fevereiro de 2022, a partir das 07h, a sessão plenária do Tribunal Popular do Júri que vai julgar o jornalista João Paulo dos Santos Mourão e a mãe Maria Nerci dos Santos Mourão acusados do assassinato da advogada Izadora Santos Mourão, ocorrido em 13 de fevereiro de 2021.
João Paulo e Maria Nerci foram pronunciados por homicídio triplamente qualificado (meio cruel, com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio) e caso sejam condenados, cada um poderá pegar até 30 anos de prisão.
A data para o julgamento foi designada pelo juiz Diego Ricardo Melo de Almeida, através de decisão proferida na tarde de ontem (24).
“Desse modo, na qualidade de Presidente do Tribunal Popular do Júri, inexistindo irregularidades a serem sanadas, estando suficientemente instruído, julgo preparado o processo, determinando que os réus João Paulo dos Santos Mourão e Maria Nerci dos Santos Mourão, já qualificados nos autos, sejam submetidos a julgamento pelo Egrégio Tribunal Popular do Júri desta Comarca”, diz a decisão.
O sorteio dos 25 jurados que deverão ser convocados para a sessão de julgamento serão escolhidos mediante sorteio que ocorrera no dia 27 de janeiro de 2022, às 14:00 horas, na sala das audiências do Fórum local, com a presença do Ministério Público e dos representantes da OAB/PI e da Defensoria Pública Estadual.
Entenda o caso
Izadora Santos Mourão, 41 anos, foi assassinada com pelo menos sete facadas dentro de casa, no município de Pedro II, no dia 13 de fevereiro deste ano. A princípio, circulou a informação de que ela teria sido morta por uma mulher, que sequer foi identificada.
Dois dias depois, o irmão de Izadora, João Paulo Mourão, acabou sendo preso pela equipe do delegado Denúbio Dias, acusado de assassinar a advogada a facadas. A Polícia Civil prendeu o jornalista em flagrante em sua residência na cidade de Pedro II, na tarde do dia 15 de fevereiro.
A investigação do DHPP apontou que a mãe de Izadora, Maria Nerci, criou um falso álibi para acobertar o filho, o jornalista João Paulo Mourão. “A mãe dele, quando viu a moça morta, a primeira coisa que fez, em vez de ligar para a polícia, ligou para uma faxineira para ela [a faxineira] dizer que ele [João Paulo] estava dormindo, para criar um álibi”, disse o delegado Barêtta à época dos fatos.
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