Preso desde 15 de fevereiro deste ano, o jornalista João Paulo Santos Mourão, acusado de homicídio triplamente qualificado praticado contra a advogada Izadora Santos Mourão, está pedindo a designação de data para que seja julgado pelo Tribunal Popular do Júri. É o que diz petição protocolada pelo advogado Eduardo Faustino Lima Sá, que representa o jornalista, juntada aos autos na manha de ontem (18).
Segundo o teor da petição, João Paulo se manifesta ciente da decisão que negou pedido de prisão domiciliar “ao tempo em que, ciente da sua inocência, e nunca obstando o curso da marcha processual, clama pela designação de data para a realização da Sessão de Julgamento em Plenário do Egrégio Tribunal Popular do Júri, por ser medida de justiça.”
Júri Popular
O Tribunal do Júri é composto por um juiz presidente e vinte e cinco jurados, dos quais sete serão sorteados para compor o Conselho de Sentença e que terão o encargo de afirmar ou negar a existência do fato criminoso atribuído aos réus.
Maria Nerci e João Paulo foram citados da decisão do juiz de Direito da 2ª Vara da Comarca de Pedro II, Diego Ricardo Melo de Almeida, no dia 22 de julho, e a defesa juntou manifestação acerca da sentença, oportunidade em que renunciou ao direito de recurso.
O crime
Izadora Santos Mourão, 41 anos, foi assassinada com pelo menos sete facadas dentro de casa, no município de Pedro II, no dia 13 de fevereiro deste ano. A princípio, circulou a informação de que ela teria sido morta por uma mulher, que sequer foi identificada.
Dois dias depois, o irmão, João Paulo Mourão, acabou sendo preso pela equipe do delegado Danúbio Dias, acusado de assassinar a advogada a facadas. A Polícia Civil prendeu o jornalista em flagrante em sua residência na cidade de Pedro II.
A investigação do DHPP apontou que a mãe de Izadora, Maria Nerci, criou um falso álibi para acobertar o filho. “A mãe dele, quando viu a moça morta, a primeira coisa que fez, em vez de ligar para a polícia, ligou para uma faxineira para ela [a faxineira] dizer que ele [João Paulo] estava dormindo, para criar um álibi”, disse Barêtta à época dos fatos.
A defesa decidiu abrir mão de recurso contra a sentença de pronúncia proferida em 21 de julho deste ano, que colocou mãe e irmão da vítima no banco dos réus.
Ver todos os comentários | 0 |