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Teresina - Piauí

Convenção coletiva só será discutida em janeiro, diz Setut

Segundo o Setut, na semana passada foi realizado pagamento do acordo realizado em janeiro de 2021.

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) se pronunciou na manhã desta quarta-feira (27), sobre a greve por tempo indeterminada deflagrada pelos motoristas e cobradores de ônibus em Teresina.

Conforme a empresa, o acordo coletivo, principal pauta dos motoristas e cobradores de ônibus, só será discutido em janeiro. “O Setut reforça que a possibilidade de assinatura da Convenção Coletiva com os trabalhadores deve ser discutida em janeiro de 2022, conforme data base, determinada por lei”, diz trecho da nota enviada pelo Setut.

Foto: Lucas Dias/GP1Ônibus paradas na Praça da Bandeira
Ônibus parados na Praça da Bandeira

Ainda conforme o Setut, na semana passada foi realizado pagamento do acordo realizado em janeiro de 2021 com o Sintetro, no valor de R$ 720 mil, bem como o pagamento das folhas que estavam em atraso.

A consultora jurídica do Setut, Naiara Moraes, garantiu que as empresas estão cumprindo as obrigações trabalhistas. “O Consórcio SITT e demais empresas não compactuam e nem tem participação na paralisação dos trabalhadores. Nos causa estranheza essa possível paralisação que somente irá prejudicar a população. Garantimos que as empresas estão cumprindo todas as duas obrigações trabalhistas. Importante ressaltar que a data base de assinatura da convenção coletiva está prevista somente para janeiro de 2022. O Setut tem cumprido o seu papel com a sociedade e reforçado a prestação de serviços com qualidade, eficiência e agilidade no atendimento aos passageiros da cidade", disse.

Sintetro diz que greve só será encerrada após assinatura do acordo coletivo

Os motoristas e cobradores do de ônibus decidiram em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (27), iniciar uma nova greve por tempo indeterminado em Teresina a partir de 0h desta quinta-feira (28).

Foto: Lucas Dias/GP1Ajuri Dias
Ajuri Dias

O presidente do Sintetro, Ajuri Dias, ressaltou que a greve só terá fim após a assinatura da convenção coletiva de trabalho. “Tinha essa questão do débito deles, que eles alegavam que a prefeitura não estava pagando, mas agora a prefeitura já está pagando eles continuam dizendo que não querem assinar a convenção coletiva. Eles já resolveram o problema deles e nós estamos sofrendo, trabalhando com diária, não recebendo as férias. É uma situação que não está regulamentada e só o que irá regulamentar é a convenção coletiva. Só iremos acabar a greve após a assinatura da convenção coletiva”, frisou.

Prefeito Dr. Pessoa diz que "não haverá conversa"

O prefeito de Teresina Dr. Pessoa (MDB) afirmou que não vai ter mais conversa da parte do executivo e afirmou que um plano B será implantado se não houver cumprimento imediato da parte dos empresários do transporte e daquilo que foi acordado. Dr. Pessoa citou a possibilidade de chamar empresas de fora para atuar na Capital e normalizar os serviços.

Foto: Lucas Dias/GP1Dr. Pessoa
Dr. Pessoa

"Já estou trabalhando nesse sentido [da greve] e o superintendente da STRANS está ciente da implantação do plano B. Da parte do prefeito não terá mais diálogo. Está determinado que todas as atitudes cabíveis, em caso de descumprimento do acordo, serão colocadas em prática com brevidade. Desde sempre, está em minha cabeça chamar empresas de fora, claro que não será algo de hoje para amanhã, mas não haverá demora para resolver”, disse o prefeito.

Confira a nota do Setut na íntegra:

SETUT assegura que as empresas têm cumprido acordo e que a Convenção Coletiva deve ser discutida em janeiro

Teresina tem enfrentado dificuldades no setor de transporte público e o impasse tem comprometido a prestação de serviços efetiva aos passageiros de ônibus da capital, principais prejudicados com a situação. O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informa que tem realizado regularmente o cumprimento do acordo feito com a Prefeitura de Teresina, incluindo as questões trabalhistas com os motoristas e cobradores de ônibus.

As empresas já efetivaram na semana passada o pagamento do acordo realizado em Jan/21 entre Prefeitura e Sintetro, no valor de R$ 720 mil, como também já iniciou o pagamento das folhas que estavam em atraso. A frota da ordem de serviço acordada com o ente municipal tem sido cumprida e foi toda colocada à disposição dos passageiros do transporte coletivo de Teresina. Dessa forma, a entidade não vê quaisquer motivos para uma possível paralisação dos serviços, por parte dos trabalhadores.

O Setut reforça que a possibilidade de assinatura da Convenção Coletiva com os trabalhadores deve ser discutida em janeiro de 2022, conforme data base, determinada por lei. Naiara Moraes, consultora jurídica do Sindicato, destaca que o setor está focado em reerguer o sistema de transporte público.

"O Consórcio SITT e demais empresas não compactuam e nem tem participação na paralisação dos trabalhadores. Nos causa estranheza essa possível paralisação que somente irá prejudicar a população. Garantimos que as empresas estão cumprindo todas as duas obrigações trabalhistas. Importante ressaltar que a data base de assinatura da convenção coletiva está prevista somente para janeiro de 2022. O Setut tem cumprido o seu papel com a sociedade e reforçado a prestação de serviços com qualidade, eficiência e agilidade no atendimento aos passageiros da cidade", disse.

O setor de transporte público de Teresina, infelizmente até o momento, só conseguiu alcançar 28% do passageiro transportado antes do início da Pandemia. Anteriormente, a quantidade de passageiros era cerca de 200 mil e atualmente ainda estão em 60 mil usuários efetivos.

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