O diretor do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU/UFPI), médico Paulo Márcio, em entrevista ao GP1 nesta quinta-feira (14), tranquilizou a população sobre a transferência de pacientes com covid-19 de Manaus para a unidade e destacou que os infectados que chegarão na Capital não possuem a nova variante do coronavírus, encontrada em alguns pacientes do Amazonas.
Um estudo realizado pela Fiocruz Amazônia apontou que essa nova variante do vírus chegou no Brasil entre dezembro do ano passado e este mês. Um dos estados brasileiros afetados foi o Amazonas, que está sofrendo uma segunda onda de infecções. Quando a Fundação Municipal de Saúde (FMS) e o HU UFPI informaram que viriam esses pacientes de Manaus para Teresina, foram levantadas as suspeitas de que eles poderiam estar portando a nova variante, porém, isso foi descartado pelo diretor Paulo Márcio.
“Esses pacientes não estão vindo com cepa diferente, eles estão vindo estáveis, são pacientes que estão bem, que podem complicar, mas que não estão complicados, eles vão terminar um tratamento”, explicou.
"Entende-se que as cepas variantes são associadas a um estado de mais gravidade, mais severidade, que não é caso em questão, a princípio estão vindo para o Piauí pacientes com covid-19 habitual, rotineira, para término de tratamento, mesmo assim, esses pacientes ficarão isolados, em lugar especifico, preparado, dedicado para esta finalidade”, garantiu.
De acordo com Paulo Márcio, o HU foi convocado pelo Ministério da Saúde para o enfrentamento da crise da covid-19 em Manaus. “É de conhecimento de todos que o abastecimento de oxigênio de Manaus foi drasticamente afetado, ou seja, faltou oxigênio ou vai faltar oxigênio para o planejamento de lá para os pacientes, antes dessa situação se agravar mais decidiu-se pela transferência de pacientes de Manaus para outras instituições de saúde do país e a preferência foi por hospitais federais que pertencem a rede do Ministério da Saúde e da Educação”, afirmou.
“O HU se apresentou pronto, preparado e sereno para enfrentar essa possibilidade, aqui dentro os colaboradores, quando nos reunimos com eles, nos aplaudiram porque viram o olhar de preocupação para com a saúde deles, o planejamento que nós já tínhamos feito antes de sermos convocados, porque todo gestor público deve ter um plano estratégico montado para enfrentar a covid-19 porque ela não acabou, pelo contrário, e quando assumimos a gestão preparamos um plano estratégico para a covid-19 que poderia chegar a qualquer momento e chegou precocemente. Estamos prontos para devolver para a nação um trabalho que é cuidar de pessoa”, ressaltou.
Ele destacou ainda a disposição dos profissionais da saúde em ajudar. “Os profissionais que serão ofertados para trabalhar com esses pacientes foram devidamente selecionados, foram excluídos aqueles que têm alguma doença, fator de risco, tudo isso nós fizemos e o mais impressionante foi a vontade do médico, enfermeiro, técnico de enfermagem piauiense de servir a um chamamento que é da nação”, declarou.
O superintendente afirmou ainda que no hospital não faltam equipamentos de proteção individuais (EPIs). “A gente tem um planejamento que se todos os leitos tiverem ocupados nós temos insumos para mais 90 dias”.
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