A coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Piauí, promotora Débora Aguiar, concedeu entrevista ao GP1 na manhã desta quarta-feira (09) durante cumprimento de mandados de busca e apreensão da Operação Cartão Vermelho, na sede do escritório de advocacia Marcos André Lima Ramos, na zona leste de Teresina.
De acordo com a promotora, quatro advogados que compõem o quadro de sócios do escritório estão sendo investigados por suspeitas de participação em um esquema responsável por desvio de recursos públicos no município de Amarante, que tem como gestor o prefeito Diego Teixeira.
Além de buscas na Capital, equipes do GAECO e da Polícia Civil do Piauí cumpriram mandados na casa do prefeito, em Amarante, e também em Valença do Piauí. Ao todo, foram expedidos 13 mandados de buscas relacionados à investigação que apura desvio de dinheiro público, lavagem de dinheiro e fraude de licitações.
“São mandados de buscas. Tem um escritório, mas nós não podemos fornecer os nomes porque a desembargadora ainda não baixou ainda o sigilo das investigações. Mas envolve desvio de dinheiro público, lavagem de dinheiro e fraude de licitações de vários objetos como fornecimento de combustíveis, locação de veículos e obras não realizadas. O mote da operação é a cidade de Amarante e em Valença tem um alvo de um dos sócios do escritório [de advocacia]”, afirmou.
Contratos com a Prefeitura de Amarante
“A princípio, os investigados são o prefeito de Amarante e os outros [alvos] são pessoas que são sócias do escritório, nem todos os sócios, mas são sócios que receberam dinheiro de contratos com o município de Amarante, receberam na sua conta pessoal, eles são alvos”, continuou a promotora.
Advogados são investigados
A promotora Débora Aguiar disse ainda que durante a operação foi determinada quebra de sigilo bancário fiscal dos investigados. No escritório do advogado Marcos André Lima Ramos, onde atuam outros três sócios, que também são alvos da operação, foram apreendidos documentos que servirão no curso das investigações que estão em andamento. “Foram apreendidos aqui um computador e documentos. A pessoa que leva o nome do escritório também é investigada, além dele são três outros sócios”, pontuou.
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