A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (02) em Teresina, a Operação Caligo, tendo como alvos a Fundação Municipal de Saúde (FMS) e as empresas Distrimed e Fermaq. O superintendente da Controladoria Geral da União, Glauco Soares Ferreira, informou que uma servidora da Fundação Municipal de Saúde é uma das sócias da empresa Fermaq, investigada pela PF.
A servidora em questão, é a odontóloga Annelis Sobral da Costa Batista Sampaio, sócia administradora da Fermaq – Comércio de Ferramenta e Material de Segurança Ltda. A empresa foi aberta em 2007 e funciona na Avenida Miguel Rosa.
- Foto: GP1 Odontóloga Annelis Sobral da Costa Batista Sampaio é sócia da empresa Fermaq
Superfaturamento
Ainda de acordo com Glauco, houve superfaturamento de R$ 190 mil em um contrato de R$ 300 mil com a empresa.
“A GCU analisou dois processos administrativos de licença de licitação realizados pela FMS em que houve contratações emergenciais para conter a pandemia de covid-19. Em um desses processos a empresa fornecedora Fermaq, além da empresa pertencer a uma sócia que tem vínculo empregatício com a FMS, houve superfaturamento de R$ 190 mil. Houve a cotação do produto diferente do que veio a ser recebido pela fundação”, declarou Glauco.
Investigações
Conforme a superintendente regional da Polícia Federal, Mariana Paranhos Calderon, a investigação tem como objetivo identificar o superfaturamento em processos de licença de licitação para compra de equipamentos para enfrentamentos da covid-19. Ainda de acordo com a superintendente, em apenas uma das empresas, foram calculados 419% de superfaturamento na compra de kits de testes, álcool gel, EPIs e lixeiras. A média de lucro para esse tipo de material de saúde em todo o país é de 30%.
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