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Teresina - Piauí

Sargento vai a Júri Popular acusado de matar a esposa em Teresina

A sentença de pronúncia do juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto, da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri, foi dada no dia 10 de março deste ano.

O juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto, da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri, pronunciou o sargento reformado do Exército, Nilson José da Luz Nascimento, para ir a Júri Popular acusado de envenenar e jogar em um rio o corpo da esposa Josélia do Nascimento Fontenele, de 31 anos, no ano de 2009. A decisão foi dada no dia 10 de março deste ano.

Ele vai a julgamento pelo crime de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe; com emprego de veneno e mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido).


Acusado nega o crime

Em entrevista exclusiva ao GP1, no dia da audiência de instrução e julgamento, realizada em 11 de setembro de 2019, o sargento Nilson Luz afirmou que existem testemunhas que viram a sua esposa Josélia saindo de casa para ir ao trabalho e negou qualquer envolvimento na morte.

“Eu não fiz nada. Primeiro disseram que eu tinha afogado ela. Isso não existe. Disseram que eu tinha uma piscina em casa, afoguei ela e joguei o corpo fora. Lá em casa tinha um tanque e nem funcionando estava, pois estava rachado e desativado há anos. Depois apareceu a versão que botei veneno. Essa é outra coisa que não existe. Ela saiu de casa de manhã, como saía todos os dias. Inclusive, quando ela saiu, tinha uma pessoa comigo na porta de casa, um conhecido nosso. Ela saiu e deu tchau dizendo que iria para o trabalho. Essa pessoa viu isso. Depois eu fui deixar o menino no colégio. Como eu estava de licença [de saúde], eu esperava o menino sair do colégio, pegava ele e deixava na casa da minha mãe. Como é que eu vou fazer o que estão dizendo, que eu peguei o corpo dela 9h, botei no carro e fui lá no Saci jogar o corpo?”, questionou.

Ele explicou que sempre teve um bom relacionamento com a esposa e que não sabe o que aconteceu com Josélia. “Eu espero que tudo seja esclarecido e eu inocentado. Eu vivia muito bem com ela. Disseram que eu vivia brigando, espancando, não existe isso. Pode ir para qualquer delegacia, eu não tenho nenhum registro. Sempre fui um militar exemplar”, destacou.

Entenda o caso

Nilson José da Luz de Nascimento é acusado de ter envenenado e jogado no rio Parnaíba a própria mulher, Josélia do Nascimento Fontenele, de 31 anos, assistente de caixa do Hiper Bompreço, do Teresina Shopping, desaparecida no dia 29 de março de 2009.

O corpo de Josélia foi encontrado no dia 2 de abril, do mesmo ano, boiando nas águas do Rio Parnaíba, no povoado Mocambinho, no município maranhense de Buriti da Inácia Vaz, Baixo Parnaíba.

De acordo com levantamento feito na época pela delegada Alexandra Santos, da Delegacia da Mulher da zona leste, Josélia teria sido envenenada pelo marido, transportada já morta dentro de um automóvel Gol com vidro fumê até o ponto em que foi jogada no rio, provavelmente a altura do Conjunto Saci, na zona sul de Teresina.

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