Wanessa Gommes
O Hospital São Marcos adotou um novo protocolo de manejo clínico para pacientes com covid-19 (coronavírus). Nesse novo documento, a unidade de saúde, que antes prescrevia o uso de hidroxicloroquina e cloroquina em casos leves e moderados, agora retirou a recomendação.
“Não recomendamos o uso de hidroxicloroquina, o médico tem autonomia para prescrever, caso o faça, seguir o protocolo do MS [Ministério da Saúde] com termo de consentimento”, diz o novo protocolo, em relação aos casos leves da doença. No lugar desse medicamento, o hospital recomenda ivermectina e prednisolona.
- Foto: Cadu Rolim/Foto Arena/Estadão Conteúdo
Hidroxicloroquina
No que diz respeitos aos pacientes em estágio moderado da covid-19, o hospital é taxativo: “NÃO prescrever hidroxicloroquina e/ou azitromicina”. Aqui, são indicados medicamentos como ceftriaxona, ivermectina e metilprednisolona.
O protocolo antigo recomendava a hidroxicloroquina tanto nos quadros leves quanto nos moderados da doença provocada pelo novo coronavírus.
Confira aqui o novo protocolo do Hospital São Marcos ou abaixo
Diretor criticou uso de hidroxicloroquina
Vale lembrar que o diretor do São Marcos, Joaquim Barbosa de Almeida Neto, rechaçou o uso da hidroxicloroquina mesmo o hospital ainda recomendando o medicamento, no protocolo anterior. No dia 21 de maio, em suas redes sociais, o advogado criticou o protocolo da médica Marina Bucar.
- Foto: Reprodução/Facebook
Postagem de Joaquim Almeida
“Enquanto os autores apresentaram como 'publicações científicas' artigos da revista Exame, mais de 68 publicações científicas demonstraram a falácia dos argumentos. E ficou provado que a Espanha não adota o famoso protocolo mágico. Ficou feio para os médicos da cloroquina. Muito feio”, escreveu o diretor no Facebook. Após a repercussão negativa, ele apagou a publicação e pediu desculpas posteriormente.
OMS retomou testes com cloroquina
Nesta quarta-feira (03) a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que vai retomar os testes com hidroxicloroquina em pacientes com covid-19. A Organização havia suspendido os experimentos no dia 25 maio, mas, após revisão, concluiu que não havia motivos para modificar o protocolo de testes.
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