O Conselheiro do Tribunal de Contas do Piauí (TCE-PI), Olavo Rebelo, defendeu, durante entrevista ao GP1 nesse domingo (31), que as atividades econômicas do Estado sejam flexibilizadas de forma que não tragam prejuízos à saúde da população e obedecendo todas as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para evitar a disseminação da Covid-19.
“Encontro-me em total isolamento. Lamento as mortes ocorridas e defendo que as autoridades continuem a política de orientação da OMS, flexibilizando somente onde não prejudique a população”, ponderou o conselheiro.
- Foto: Lucas Dias/GP1Olavo Rebelo
Protocolo
O governador Wellington Dias se reuniu, nessa quarta-feira (27), com o Comitê de Operações Emergenciais (COE), por videoconferência, para tratar sobre o planejamento da retomada das atividades econômicas de forma gradual, segmentada e regionalizada por territórios de desenvolvimento do estado.
De acordo com Dias, após análise da situação dos protocolos de saúde de cada território, será feita a avaliação da situação econômica. “Começaremos a estudar uma organização em cada território do estado para saber, por exemplo, quantos leitos clínicos e de UTI cada território possui, bem como o nível de infecção para, assim, se fazer uma avaliação de uma retomada ou até retraída, caso essa retomada faça com que os casos aumentem”, explicou.
Wellington destacou que uma das alternativas é o retorno dessas atividades aos poucos. “Outro caminho é liberar as atividades de forma bem gradativa, de acordo com o risco epidemiológico. O que não vamos fazer é liberar as pessoas do grupo de risco, ou seja, as pessoas com mais de 60 anos e as com comorbidades. As empresas que forem reabrir precisam seguir um protocolo de saúde”, ressaltou o governador.
Para reabertura serão considerados critérios como o índice econômico que vai representar 30% no peso dessa tomada de decisão e o índice epidemiológico com 70%.
A diretora de Vigilância Sanitária Estadual (Divisa), Tatiana Chaves, apresentou um Plano de Contenção Simplificado que será disponibilizado às empresas de diversos setores para a reabertura.
Será um protocolo com recomendações higiênico-sanitárias a ser cumprido pelas empresas, a fim de proteger tanto os colaboradores quanto os clientes. Esse plano é voltado às empresas com menos de 20 colaboradores, que não possuem Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa).
As empresas com mais de 20 trabalhadores já têm como critério possuir a Cipa que deve estar alinhada aos instrumentos de Saúde do Trabalhador, além de agora também incluir os riscos ocupacionais da Covid-19 no ambiente de trabalho.
“O objetivo é minimizar a exposição dos trabalhadores no ambiente laboral ao retornar às atividades e, assim a propagação dos casos para a população geral. Recomendamos que os colaboradores sejam orientados pela empresa dos riscos e todos os cuidados necessários e deverão se cadastrar no aplicativo Monitora Covid-19”, afirmou Tatiana Chaves.
Os protocolos também devem ser estendidos aos servidores dos órgãos públicos estaduais, já em fase de apreciação pela Secretaria de Estado da Administração e Previdência (Seadprev). Os documentos serão ainda disponibilizados para consulta pública.
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