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Dentista cobra conclusão de galeria após ter casa alagada no São Cristóvão

Ele recebeu o GP1 em casa e elencou o estrago causado, depois que uma enxurrada derrubou o muro da residência e arrastou tudo que havia pela frente.

Arquivo Pessoal 1 / 9 Muro da casa cedeu e arrastou carros de um condomínio para a casa Muro da casa cedeu e arrastou carros de um condomínio para a casa
Arquivo Pessoal 2 / 9 Muro foi destruído Muro foi destruído
Arquivo Pessoal 3 / 9 Móveis em meio a muita lama Móveis em meio a muita lama
Arquivo Pessoal 4 / 9 Interior do imóvel destruído pela água Interior do imóvel destruído pela água
Arquivo Pessoal 5 / 9 Cenário é de destruição Cenário é de destruição
Arquivo Pessoal 6 / 9 Casa fica localizada na Rua Mário Batista, zona leste de Teresina Casa fica localizada na Rua Mário Batista, zona leste de Teresina
Lucas Dias/GP1 7 / 9 Renan lages Renan lages
Lucas Dias/GP1 8 / 9 Estragos causados pela chuva Estragos causados pela chuva
Lucas Dias/GP1 9 / 9 Tira-entulho usado para retirar destroços causados pela chuva Tira-entulho usado para retirar destroços causados pela chuva

O dentista e filho do ex-deputado Adolfo Nunes, Renan Lages, dono de uma residência localizada na Rua Professor Mário Batista, no bairro São Cristóvão, zona leste de Teresina, criticou a ineficiência da gestão pública em função da falta de planejamento de drenagem da água pluvial na Capital, que durante a última terça-feira (21) invadiu sua residência e deixou um rastro de destruição por onde passou.

Ele recebeu o GP1 em casa e elencou o estrago causado, depois que uma enxurrada derrubou o muro da residência e arrastou tudo que havia pela frente.


“Essas enchentes não são novidades na zona leste. Na minha propriedade, nós já fizemos várias adequações para tentar escapar dela, mas o que veio a ocorrer antes de ontem foi o que a gente pode nomear de um dilúvio, por conta da má gestão pública. Por não haver drenagem, a água não tem o destino certo e quando acontece esse acúmulo ela leva o que tem pela frente”.

Renan Lages criticou o atraso na construção da galeria da zona leste, que há muito tempo tem sido prometida, mas ainda não foi concluída. Em razão disso, os alagamentos têm ocorrido com maior frequência, trazendo reflexos em várias regiões da cidade.

“Por conta dessa obra da galeria, que vem sendo prometida há décadas e não é concluída, antes de ontem a água invadiu a minha residência, causando um prejuízo incalculável, e quase perdendo vidas. Eu não estava na minha residência, pois havia saído, e quando eu olhei as câmeras pelo celular eu vi a enchente invadindo minha casa. A água derrubou três muros até chegar dentro do meu terreno e tive que entrar para retirar a diarista, que estava prestando serviço, e dois animais de estimação. Corri risco de vida, mas agi por instinto”, explicou.

Depois da situação, o morador desabafou e ressaltou que mesmo tendo feito intervenções no imóvel para evitar que o pior ocorresse de nada adiantou.

“Aqui vai minha indignação em relação ao serviço público prestado na cidade de Teresina. Independente da condição ela não escolhe a quem vai atingir. E estamos aqui na zona leste, onde se paga um dos impostos mais caros, água, luz e quando não pagamos o serviço é suspenso ou somos multados, mas quando ocorre uma situação dessas não temos amparo de nenhum serviço público. Parece até irresponsabilidade, em se tratando de acessibilidade para portadores de deficiência, mas para tentar escapar da enchente que passa por aqui eu tive que levantar a calçada três vezes, coloquei uma bomba com vazão de 100 mil litros, com calhas espalhadas para escoar a água de dentro para fora do terreno e evitar que entrasse para a área interna da casa; aumentei 20 cm o piso da residência, mudei o lado do portão da lateral para a frente da casa, mas mesmo assim a água não escolheu por onde entrar”, finalizou.

Galeria da zona leste

Atualmente paralisada, obra de construção da galeria da zona leste de Teresina está orçada em R$ 49,4 milhões, através de uma parceria entre Caixa Econômica Federal e Prefeitura de Teresina, e se estende por 7 km na zona leste da Capital, visando diminuir os transtornos causados pela água durante o período chuvoso nessa área da cidade.

A galeria da zona leste faz parte do plano de drenagem de Teresina e teve início em outubro de 2012. De lá para cá, já se passaram quase sete anos entre execução dos serviços e paralisações das obras. De acordo com Ângelo Cavalcante, superintendente executivo da SDU Leste, a previsão era que a galeria fosse concluída até o final do ano de 2020.

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