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Picos - Piauí

Juíza nega liberdade para acusado de matar ex-mulher com paulada em Picos

A decisão é da juíza Nilcimar Rodrigues de Araújo Carvalho, da 5ª Vara da Comarca de Picos, dada no último dia 22 de agosto.

A juíza Nilcimar Rodrigues de Araújo Carvalho, da 5ª Vara da Comarca de Picos, negou liberdade para Antônio José da Silva, acusado de assassinar com uma paulada na cabeça sua ex-companheira, identificada como Francisca Gorete no dia 4 de março. A decisão é do dia 22 de agosto.

Nos autos, a magistrada considera que a materialidade do crime é incontestável devido ao laudo cadavérico e pelo depoimento de testemunhas ouvidas pela polícia em interrogatórios. “A materialidade delitiva do crime de homicídio é inconteste e se revela pelo Laudo de Exame Pericial Cadavérico, pelo depoimento de testemunhas ouvidas na polícia e em juízo, pelo interrogatório do réu, fotografias e pelas demais provas que instruem o processo”, destacou.


Na decisão, a juíza Nilcimar Rodrigues ainda pondera que o acusado fugiu após cometer o crime, dificultando a apuração do crime e com isso, mostrando que a prisão preventiva é necessária para a aplicação da lei penal.

“O acusado abandonou o distrito da culpa dificultando a apuração do crime, evidenciando que a segregação cautelar é necessária para o resguardo da aplicação da lei penal. Ademais, permaneceu preso durante toda a instrução processual, acusado de crime grave e contra sua ex-companheira, não havendo fatos novos que pudesse ensejar a soltura do acusado e nem que se falar em revogação de sua prisão preventiva”, considerou.

Revelou como matou em áudio

A Polícia Militar de Picos teve acesso a um áudio que o garçom Antônio José da Silva teria mandado para um amigo pelo WhatsApp onde ele fala sobre o assassinato de Francisca Gorete, em Picos. No áudio, ele alega que foi ameaçado pela vítima e que ela estava “enchendo o seu saco”.

Antônio José relata que a vítima teria procurado por ele e que teria feito ameaças. “Ela disse que ia dar fim a eu. Que eu não veria a luz do sol nascer. Ela chegou na pizzaria enchendo o saco [...] aí a moto estava com o pneu furado, cheguei no posto e disse para ela ir para a casa dela, ‘minha filha, deixa eu ir embora, vá para a sua casa’, mas [ela dizendo] ‘não, hoje eu te dou um fim, você não vai pegar mais nessa moto’”, disse o acusado no áudio.

O acusado então fala como matou Francisca Gorete. “Ela me deu uns empurrões, perto do Correios, mas eu fiquei na minha [...] aí eu fui no Colégio das Irmãs, fingi que iria urinar. Eu sabia que tinha uns paus lá, peguei um pau e matei ela”, afirmou Antônio José em áudio.

Ele ainda relata que a polícia já foi na casa de seus amigos, mas que está escondido e que irá aguardar passar o flagrante de 24h, para não ser preso. “Deus me livre, não posso ser pego agora não, antes de 24h não [...] Já liguei para o Floriano e disse que eu fiz isso e isso, que ela estava na pizzaria enchendo o saco, quem sabe é Deus”, relatou o acusado pelo assassinato no áudio.

Entenda o caso

No dia 4 de março, no município de Picos, Francisca Gorete morreu após ser agredida com pauladas na cabeça por um homem identificado como Antônio José da Silva.

Segundo informações do tenente-coronel Edwaldo Viana, comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar de Picos, o crime ocorreu por volta das 3h. Testemunhas informaram que a vítima foi espancada por Antônio José, que trabalha em uma pizzaria conhecida da cidade. A prisão do acusado ocorreu no dia 11 de março, em Picos.

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