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Polícia descarta participação de mulher na morte de Gabriel Brenno

Em entrevista ao GP1, o titular do 1º Distrito Policial, delegado Sérgio Alencar, informou que Deivid Ferreira agiu sozinho e não teve ajuda de uma segunda pessoa na cena do crime.

A Polícia Civil descartou nesta sexta-feira (26), a participação da companheira de Deivid Ferreira de Sousa na morte do estudante Gabriel Brenno Nogueira da Silva Oliveira. Ele foi baleado com um tiro na cabeça no dia 17 de julho e morreu na última terça-feira (23), no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

Em entrevista ao GP1, o titular do 1º Distrito Policial, delegado Sérgio Alencar, informou que David Ferreira agiu sozinho e não teve ajuda de uma segunda pessoa na cena do crime. Contra o acusado há um mandado de prisão preventiva e ele está foragido.


  • Foto: Helio Alef/GP1Delegado Sérgio AlencarDelegado Sérgio Alencar

“Para nós ele planejou a morte do Gabriel, planejou e executou sozinho. Surgiram alguns boatos de que a mulher, pivô do crime, tinha participado. Ela foi ouvida duas vezes e a gente só pode constatar que ela estava muito abalada com o crime, e se a mulher tiver falado algo para o marido sobre onde Gabriel Brenno morava, ela não vai dizer isso em depoimento. O acusado continua foragido, até o momento não sabemos o paradeiro. Já avisamos a Polícia Civil e militar de todo o Nordeste que ele é um foragido da lei, e onde ele passar e tiver polícia ele vai ser capturado”, informou o delegado Sérgio Alencar.

  • Foto: Facebook/Gabriel NogueiraGabriel Brenno NogueiraGabriel Brenno Nogueira

Mandado de prisão

A Central de Inquéritos de Teresina expediu na útlima terça-feira (23), um mandado de prisão preventiva contra Deivid Ferreira de Sousa, acusado de matar o estudante Gabriel Brenno. Agora Deivid Ferreira é considerado foragido pela Justiça. O mandado expedido contra ele é referente ao crime de homicídio qualificado, cometido por motivo fútil.

Em entrevista ao GP1, o gerente de policiamento metropolitano, o delegado Sebastião Alencar, explicou que se trata de um crime passional. “Foi por um motivo fútil. Foi um crime passional. Por ciúmes da mulher, ele matou esse rapaz. Ele vai responder por homicídio qualificado", disse o delegado.

Apreensão do computador do acusado

A Polícia Civil realizou uma busca na residência do acusado que fica localizada no Parque Universitário, zona leste da capital. A ação policial foi realizada pelo Grupo de Apoio Operacional (GAO), 1º Distrito Policial e pela Gerência de Polícia Metropolitana (GPM).

O coordenador do GAO, Joattan Gonçalves, informou que ao realizar as buscas no local, o acusado não foi encontrado e a polícia apreendeu um computador que ainda vai ser analisado pela perícia. Possivelmente no equipamento podem ter conversas que podem ajudar no inquérito policial.

“Realizamos as buscas por lá, dando apoio ao 1º DP e ao GPM e por lá conseguimos realizar o mandado de busca e apreensão, onde apreendemos um computador que vai ser analisado, pois pode ter algumas informações e conversas. O acusado ainda se encontra foragido e nós até recomendamos que ele se entregue, o crime chamou muita atenção e facilitaria para ele”, informou.

Imagens das câmeras de segurança

Imagens de câmeras de segurança, divulgadas nesta terça-feira (23), mostram o momento exato em que o estudante é baleado na cabeça no centro de Teresina. Por volta de 7h, Gabriel sai da pensão e ao fechar o portão do local é surpreendido com um tiro à queima-roupa, disparado por Deivid Ferreira de Sousa. Logo após alvejar a vítima, ele corre em direção ao carro, que está estacionado na Rua Quintino Bocaiuva.

Veículo utilizado no crime é localizado

Policiais do 1º Distrito Policial localizaram o veículo utilizado por Deivid. Informações obtidas pelo GP1 no dia 22 de julho dão conta que o carro modelo Chevrolet Onix, de cor cinza chumbo, foi alugado pelo acusado alguns meses antes do crime e entregue no dia seguinte, na tarde do dia 18 de julho. O carro foi localizado pelos investigadores em uma locadora situada no bairro Aeroporto, na zona norte de Teresina.

Através do veículo, a polícia confirmou a identificação do acusado. Os investigadores constataram que a pessoa que atirou em Gabriel Brenno foi a mesma que alugou e fez a devolução do veículo na locadora.

Crime foi premeditado

Conforme os investigadores do 1º Distrito Policial, Deivid foi até a pensão, onde a vítima morava, no dia 1º de julho, tentou reservar um quarto dizendo que era técnico em radiologia e que, no dia 2 julho, ele voltou novamente, mas não conseguiu alugar o quarto.

No dia 22 os policiais retornaram até a residência do acusado, localizada no Parque Universitário, zona leste de Teresina, no entanto, não foi possível entregar a intimação a Deivid.

  • Foto: Divulgação/Polícia CivilDeivid Ferreira de SousaDeivid Ferreira de Sousa

Envolvimento com mulher casada

O GP1 teve acesso às mensagens trocadas por meio do WhatsApp entre o estudante Gabriel Brenno e a mulher casada com Deivid, principal suspeito de ter praticado o crime. Gabriel e a mulher se conheceram há cerca de cinco meses.

A mulher, que seria o pivô do crime, já foi ouvida por policiais e confessou que teve um relacionamento com Gabriel. Segundo ela, os dois se conheceram no mês de fevereiro em uma academia localizada na Praça do Fripisa, centro de Teresina, que ela frequentava depois que deixava o trabalho, por volta do meio-dia.

  • Foto: Divulgação/PC-PIMensagens trocadas entre Gabriel Brenno e mulher casadaMensagens trocadas entre Gabriel Brenno e mulher casada

Enterro de Gabriel

O corpo do estudante foi enterrado sob forte comoção, por volta das 17h30 desta quarta-feira (24), em Caxias, no Maranhão, cidade natal do jovem. O velório teve início, na noite dessa terça-feira (23), por volta das 19 horas, na Paróquia de Nossa Senhora de Nazaré, no bairro Trizidela, onde a família de Gabriel mora.

A mãe de Gabriel, Janaina Nogueira, disse acreditar no arrependimento do acusado de matar Gabriel. “Tenho certeza que a essa hora ele deve ter se arrependido, deve ter colocado as mãos na cabeça e dito ‘o que foi que eu fiz?’ Porque não valeu a pena. Ele ter tirado a vida do meu filho não resolveu o problema dele e nem vai resolver”, afirmou.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1Mãe do Gabriel BrennoMãe do Gabriel Brenno

Segundo o pai de Gabriel, Evandro Silva, não havia motivos para que o filho fosse morto. “Para ele [o acusado de atirar no Gabriel], eu não posso nem chamar de cidadão, para mim ele é um assassino, matou meu filho, não tinha necessidade dele fazer isso com meu filho”, lamentou.

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