A mãe da criança de três anos, identificada pelas inicias B. E. R. C., que morreu após ter sido dopada, prestou depoimento nesta segunda-feira (22) na Delegacia de Polícia Civil de Amarante. O caso aconteceu na casa da própria avó da vítima no dia 16 de julho.
Em entrevista ao GP1, o delegado Otony Nogueira, que preside o inquérito policial, informou que os principais suspeitos de terem dopado a criança são os familiares que estavam presentes na residência no dia do fato. “Estamos investigando ainda, mas foram familiares mesmo. Não tem envolvimento de terceiros”, comentou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Delegado Otony Nogueira
Agora, outras pessoas estão sendo intimadas para depor.
Morte
A criança veio a óbito na última quinta-feira (18) no Hospital Infantil Lucídio Portela. O boletim médico da Secretaria de Saúde do Estado, divulgou que a vítima deu entrada no hospital do município de Amarante na última terça-feira (16). Em seguida, ela foi transferida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para a unidade hospitalar do bairro Promorar, zona sul de Teresina.
No hospital, a criança teve uma parada cardiorrespiratória com retorno da circulação após diversas manobras de reanimação. Por isso, logo depois, ela foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Infantil Lucídio Portela.
Ao dar entrada, ainda conforme o boletim médico, a criança evoluiu para um quadro de gravíssimo devido a disfunção de múltiplos órgãos e veio a óbito.
Linha de investigação
A Polícia Civil acredita que a criança foi dopada para dormir, onde passou mal e acabou ficando desacordada. Ao chegar ao local, a mãe da criança foi agredida ao querer saber da situação.
“Estamos investigando desde a última terça-feira, não descartamos o estupro, mas temos como principal suspeita que a criança foi dopada para dormir por parte de familiares. A mãe morava com um companheiro na zona rural de Amarante, vinha para a cidade e deixava a criança na casa da vó de 50 anos, e nessa casa a família é problemática, com alguns usuários de drogas e de bebidas alcoólicas, então acreditamos que ela foi dopada para dormir, deixando a criança desacordada, passando mal, quando a mãe dela chegou lá, alguém acabou agredindo a mulher, o crime não tem nada a ver com o companheiro da mãe da criança”, informou o delegado.
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