Professores e alunos do curso de Comunicação Social – Jornalismo, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), se manifestaram nas redes sociais sobre as acusações feitas pelo ex-coordenador do curso, professor doutor Silvio Henrique Vieira Barbosa, sobre o uso de crack na instituição de ensino.
Em entrevista à Meio Norte, na última sexta-feira (12), o professor Silvio Henrique afirmou que renunciou ao cargo de coordenador na última quinta-feira (11) após, segundo ele, se posicionar contra o uso de entorpecentes pesados como cocaína e crack no Centro de Ciências da Educação (CCE) da universidade. Entretanto, o pedido de renúncia ainda não foi protocolado.
“Quando passei no concurso no ano passado, saí de São Paulo e vim morar no Piauí, onde comecei a dar aula no mês de março e fiquei muito chocado quando logo de cara constatei o uso diário de maconha de forma muito aberta e em três ocasiões testemunhei o uso de crack que é uma droga altamente destrutiva”, comentou.
Entretanto, tais afirmações causaram repúdio por parte da maioria dos docentes e discentes do curso. A professora pós-doutoranda Ana Regina Rêgo, lotada no departamento de Comunicação Social, publicou um texto afirmando que os estudantes não são “traficantes nem usuários de crack”, mas sim “inteligentes, dedicados, apaixonados pela vida”.
- Foto: Divulgação/ FacebookTexto publicado pela professora Ana Regina
Uma outra docente do curso de Jornalismo, a professora doutora e superintendente de comunicação da universidade Jacqueline Dourado, chegou a brincar com as palavras e, em seu texto publicado nas redes sociais, disse que a UFPI é uma ‘craquelândia’. “A UFPI é um espaço de craques na matemática, jornalismo, medicina, geografia, história, engenharias, farmácia, pedagogia, economia, medicina, arqueologia, música e em tantos outros cursos que nem espaço tem para nominar”, pontuou.
- Foto: Divulgação/ InstagramPost da professora Jacqueline Dourado
O Centro Acadêmico de Comunicação Social (CACOS) emitiu uma nota de esclarecimento após o professor fazer as acusações na mídia. Na nota, o CACOS alegou que “o referido docente possui dez processos de assédio moral movidos por alunos durante o primeiro semestre de 2018, que foram realizados após o professor ameaçar e gritar com uma aluna dentro de sala de aula, causando não apenas humilhação como também intimidação e medo aos outros alunos presentes”, destacou.
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