A Câmara Municipal de Teresina aprovou, nessa quinta-feira (27), em segunda votação, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2020. A primeira votação ocorreu no dia 18 de junho.
O vereador Dudu (PT) se absteve de votar e explicou os motivos que o levaram a tomar essa decisão. “Foi por entender que houve um retrocesso. Vou começar com a emenda parlamentar, o parlamento tinha direito a indicar 1% da receita corrente liquida, mais ou menos uns R$ 800 mil, e a prefeitura mandou pra cá direcionando 50% para a saúde, eu não entendo porque a própria prefeitura diz que gasta muito com a saúde porque gasta 34% e ela mesma se contradiz quando quis impor a metade. Eu propus a supressão desse artigo, mas fui derrotado aqui na Câmara, os vereadores fizeram o entendimento de 20%, eu respeito, mas não concordo”, esclareceu.
- Foto: Hélio Alef/GP1Dudu
Ele também criticou a não aprovação da destinação de recursos para a acessibilidade e transporte eficiente. “Outro ponto foi a questão da acessibilidade, se você for ali na Irmã Dulce, na periferia de Teresina, muitos cadeirantes, muitas pessoas que precisam melhorar o acesso às suas casas não têm nada no orçamento que possa garantir isso. Eu queria propor 0,4% para que no orçamento do ano que vem ter esta garantia de mobilidade e dessa porcentagem metade fosse para o transporte eficiente, propus isso e a Câmara também rejeitou”, lamentou.
“Não entendo como a Câmara vota contra a própria conquista do parlamento em relação às emendas e vota contra melhorar o transporte eficiente e a acessibilidade, então não me restou outra saída a não ser me abster, não me senti à vontade para votar uma lei orçamentaria que impôs derrota ao parlamento”, concluiu.
A vereadora Graça Amorim (PMB), líder do prefeito na Casa Legislativa, falou sobre a aprovação da LDO e destacou que é natural que haja descontentamentos por parte da oposição. “A LDO vai dar o norte para que a prefeitura de Teresina possa, agora, no segundo semestre, mandar o orçamento que é exatamente quanto vai ser destinado para cada órgão trabalhar em 2020 e foi aprovada. Insatisfações sempre ocorrem por parte da oposição, mas a gente entende que é natural do parlamento”, finalizou.
- Foto: Helio Alef/GP1Graça Amorim
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