O Corpo de Bombeiros conseguiu localizar na manhã desta sexta-feira (14), por volta de 7h30, o corpo da mulher que caiu da Ponte Juscelino Kubitschek no início da noite desta quinta-feira (13). A mulher tinha 33 anos e sofria com depressão.
Segundo o subtenente Valter, do Corpo de Bombeiros, as bucas começaram por volta de 5h30 desta sexta. "Fizemos as buscas no local onde ela caiu, mas como lá havia uma certa correnteza e bastante galho e pedra constatamos que o corpo não estava lá. Em um raio de 150 metros ela flutuou, emergiu. Foi feito o resgate e vamos entregar o corpo ao IML", relatou.
Três equipes do Corpo de Bombeiros trabalharam nas buscas. A família da jovem foi ao local e fez a identificação do corpo, mas pediu para resguardar o nome da vítima.
Em entrevista ao GP1, o primo da vítima, que preferiu não se identificar, pediu políticas públicas que possam evitar esse tipo de tragédia. "Eu acho é que deve existir uma política pública mais abrangente e uma transformação nas bases familiares. Infelizmente hoje as redes sociais são instrumentos de instantaneidade e fugacidade da vida porque tudo é muito rápido e as pessoas terminam não se aceitando de forma imediata. Então é todo mundo que se transforma muito rapidamente, se constrói e se destrói e as pessoas tem cada vez mais ansiedade, eu acho isso um ambiente muito vulnerável para o desenvolvimento de depressão, de ampliar a ansiedade”, disse.
Ele disse ainda que todos os casos devem ser estudados de maneira individual, a fim de entender o que se passa na sociedade como um todo. “Na verdade a gente tem que estudar os casos individuais, tem que olhar para a família e desenvolver estratégias no sentido que as famílias aceitem a vida do jeito que é e entendam que isso é bom, a vida é um presente divino e que você tem que aproveitar e que a vida depende de você mesmo, a vida está na cabeça de cada um e cada um tem a sua própria sentença. Eu entendo que ajudar a transformar as pessoas enquanto indivíduo valorizando o que tem, construindo, isso parte até do princípio econômico e social também”, completou.
Procure ajuda
Teresina possui organizações que ajudam na prevenção do suicídio. O Centro de Valorização da Vida(CVV), por exemplo, atua no apoio emocional, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e Skype 24 horas por dia. Para entrar em contato basta ligar 188.
O Centro Débora Mesquita (CDM) é outra instituição localizada em Teresina que atua diretamente na prevenção e posvenção do suicídio. A ONG atende nos seguintes telefones: (86) 99827-3343/ 98894-5742.
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