O juiz de direito Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos da Comarca de Teresina, determinou que a Corregedoria da Polícia Civil investigue denúncia feita pelo fotógrafo Carlos André Gomes de Holanda de que foi vítima de maus tratos por policiais na Central de Flagrantes. Ele foi preso acusado de atirar contra o policial civil André Moraes, em um posto de combustíveis na zona leste de Teresina, na quarta-feira (15).
A determinação do juiz foi dada nessa quinta-feira (16), na mesma decisão em que o magistrado converteu em preventiva a prisão em flagrante do fotógrafo.
- Foto: Instagram/André MoraesAndré Moraes
Se for constatado, no laudo de exame complementar, a prática de tortura/maus-tratos, a Delegacia de Proteção dos Direitos Humanos e ao Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (48° Promotoria de Justiça) será oficiada para apuração do caso.
Conversão
Segundo a decisão, parecer psicossocial recomendou que “considerando as informações, a equipe multidisciplinar da Audiência de Custódia sugere ao juiz de direito que Carlos André Gomes de Holanda seja submetido a aplicação de medidas judiciais cabíveis ao caso”.
De acordo com o magistrado, a prisão preventiva se encontra fundamentada em dados concretos do processo, considerando que o preso não apresentou identificação civil no momento da abordagem policial e nem fez juntada dos mesmos em audiência de custódia.
O juiz então homologou a prisão em flagrante e posteriormente a converteu em prisão preventiva com a expedição do mandado e o encaminhamento do fotógrafo para um estabelecimento prisional adequado.
Entenda o caso
Um policial civil do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO), identificado como André Moraes, foi alvejado com um tiro, na manhã desta quarta-feira (15), durante uma briga ocorrida na loja de conveniência do Posto Ipiranga, localizado no balão do São Cristóvão, zona leste de Teresina.
Um funcionário da loja de conveniência do posto Ipiranga, onde ocorreu o caso, relatou ao GP1, que o policial pode ter sido confundido por um bandido.
"O policial estava bebendo e na hora de pagar não tinha dinheiro. Ele então perguntou se podia deixar o celular como garantia. Foi quando ele sacou a pistola, mas não com intenção de ameaçar alguém e sim para tirar os pertences. Um outro cliente viu a arma e deve ter imaginado que era um criminoso. Ele foi para cima, tentou pegar a arma e iniciou-se uma luta corporal", relatou o funcionário, que não quis se identificar.
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