Na manhã desta quarta-feira (3) a Polícia Federal em Parnaíba deflagrou uma operação para desarticular uma organização criminosa que atuava na Bahia, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pará e Piauí . A operação, batizada de Khizi, teve como objetivo desarticular uma quadrilha que cobrava propina para realizar transporte ilegal de madeira. Servidores da Secretaria de Fazenda e Ibama estariam envolvidos no esquema.
As investigações iniciaram ainda em 2017 e a ação desta terça contou om a participação de 125 policiais federais que deram cumprimento a 29 mandados de busca e apreensão, 8 de prisão preventiva e 9 mandados de prisão temporária nos estados do Piauí, Pará, Maranhão e Bahia. A subseção Judiciária Federal em Parnaíba foi a responsável pelos pedidos.
De acordo com a Polícia Federal, os funcionários da Sefaz e do Ibama, que deveriam fiscalizar, recebiam propina e geravam documentos falsos sobre quantidade e valor da carga. O transporte da madeira acontecia entre os estados do Piauí, Maranhão, Bahia e Ceará.
A organização vai responder pelos crimes de corrupção ativa e passava, prevaricação, uso de documento falso, falsidade ideológica, sonegação de impostos e transporte ilegal de madeira. Os mandados foram cumpridos com ajuda da Corregedoria do 2º Batalhão de Polícia Militar em Parnaíba.
A operação foi batizada de Khizi em alusão a um projeto arquitetônico da Rússia, onde os prédios não precisavam de pregos ou parafusos. Às 10h desta manhã a Polícia Federal realiza uma coletiva de imprensa para dar mais informações acerca do caso.
Outro lado
A Secretaria de Fazenda do Estado (Sefaz-PI) informou por meio de nota que que os funcionários terceirizados envolvidos foram demitidos. Sobre os efetivos, a secretaria informou que já abriu um processo administrativo para apurar os fatos.
"Sobre a Operação KIZHI, a Secretaria de Fazenda do Piauí informa que foram identificados três funcionários terceirizados, todos demitidos. Em relação a servidores fazendários envolvidos, a Sefaz já está tomando as providências quanto à abertura de processo administrativo", diz a nota.
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