A Casa de Custódia de Teresina, situada na BR 316, mais precisamente na zona sul de Teresina, é a unidade prisional do Piauí que mais enfrenta a superlotação. Atualmente, de acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado (Sinpoljuspi), o número de detentos chega a ser quatro vezes maior que a capacidade.
O diretor sindical, Jefferson Dias, explicou que a Casa de Custódia apresenta uma capacidade para 300 detentos. Entretanto, a unidade está abrigando, aproximadamente, 1.300 presidiários. “É a unidade prisional mais lotada. As outras também sofrem com a superlotação, mas não chega a ser que nem ela. A que mais se aproxima é a penitenciária de Parnaíba, que tem capacidade para 250 presos e está com mais de 600”, revelou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Casa de Custódia de Teresina
Há celas que possuem quase vinte detentos, mesmo sendo apenas para cinco. Os pavilhões costumam ter de 200 a 300 presidiários, um número que destoa da quantidade de agentes penitenciários que atuam na unidade prisional, que é de 12 a 14 profissionais por plantão. Os dados destacados pelo sindicato demonstram a insegurança no presídio e a incapacidade de controle de uma possível rebelião, visto que a Casa de Custódia ainda não apresenta o número de agentes necessários.
O diretor sindical do Sinpoljuspi ainda pontuou que o problema atinge todas as unidades prisionais do Estado. Na Colônia Agrícola Major César de Oliveira, por exemplo, a falta de estrutura causa um grande número de fuga de presos e faz com que os populares que moram na região da unidade prisional sofram com o aumento dos índices de criminalidade em decorrência disso.
- Foto: Thais Souza/GP1 Jefferson Dias
“A major César, você vê todos os dias nos noticiários a população reclamando, todo dia a PM recaptura um detento, porque a penitenciária está a ‘Deus dará’. Não tem arame, o prédio está caindo e a situação lá está muito ruim”, afirmou Jefferson Dias.
Outro lado
A assessoria da Secretaria Estadual de Justiça não foi localizada pelo GP1.
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