Após assembleia realizada nesta segunda-feira (15), no campus Torquato Neto, os professores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) decidiram pela suspensão do movimento e a manutenção das mobilizações para assegurar o cumprimento do acordo firmado com o Governo do Estado, após audiência de conciliação no Tribunal de Justiça. A greve durou quatro semanas.
“Na assembleia de hoje, a categoria decidiu suspender a greve, mas com o compromisso de manter a mobilização e o calendário de lutas para ficarmos vigilantes as promessas e propostas que o governo assinou em conjunto conosco no último dia 12 no TJ, com mediação do desembargador Ricardo Gentil, e esse calendário previa exatamente que a gente pudesse suspender a nossa greve e assim fizemos”, informou o coordenador de comunicação da Associação de docentes da Universidade Estadual do Piauí (ADCESP), Antônio Dias.
- Foto: Divulgação/AscomAssembleia geral realizada hoje no campus Torquato Neto
Ainda de acordo com o coordenador uma nova reunião foi marcada para discutir com o governo sobre a autonomia financeira da universidade e sobre novas contratações de professores.
“Mas precisamos dizer que a categoria continua vigilante, a postos e no dia 7 de junho teremos uma nova negociação com o governo, inclusive para verificar aquilo que já foi cumprido e planejar aquilo que será cumprido adiante, como a autonomia financeira da universidade e sobre novas contratações de professores”, revelou Antônio Dias.
A greve
Professores da Uespi deflagraram o início da greve na manhã da segunda-feira, 18 de março, em todos os campi da instituição. A greve durou 29 dias.
10 pontos de melhorias
No Tribunal de Justiça do Estado, os professores presentes aceitaram assinar 10 pontos de melhorias na Uespi, que deverão ser cumpridos de acordo com o calendário definido no encontro.
Confira os pontos:
-Implementar progressões de regime de trabalho de forma retroativa até dezembro de 2018;
-Implementar progressões de regime de trabalho para 2019 de acordo com a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal);
-Contratar professores temporários;
-Regularizar pagamento de bolsas estudantis;
Criar comissão para discutir a possibilidade de autonomia financeira e administrativa da Uespi;
-Buscar a liberação de recursos para questões emergenciais;
-Respeitando o limite prudencial, prorrogar a validade do último concurso para professor;
-Analisar a possibilidade de um novo concurso público;
-Negociação marcada para 7 de junho para tratar sobre reposição dos vencimentos dos docentes;
-Novo calendário acadêmico sem consequências salarial aos servidores.
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