A Polícia Civil do Piauí vai investigar a procedência de um material cirúrgico encontrado na residência da traficante Valkiria Soares da Silva, presa no bairro Água Mineral, durante Operação Quaresma, deflagrada nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (12), pela Divisão de Capturas (DICAP), em Teresina. A suspeita é que os instrumentos sejam utilizados para a prática de aborto.
Segundo o delegado Willame Moraes, coordenador da DICAP, o material estava dentro de uma nécessaire, onde havia marcas de sangue, o que reforçou a suspeita dos policiais. Durante a prisão, Valkiria alegou que os equipamentos estavam em um guarda-roupa há 10 anos.
- Foto: Lucas Dias/GP1Valkiria Soares
“Você vê que os objetos são metálicos e se fosse o caso, se estivessem guardados de forma precária, estariam enferrujados e não, estão em perfeito estado de conservação, inclusive alguns sujos de sangue. O material está sendo apreendido formalmente, o delegado vai ser ouvido para dizer como encontrou, a forma como encontrou e como seria a sua suspeição. Depois será encaminhado ao delegado geral para que nomeie um delegado e saber se realmente na casa dela havia essa suspeita de instrumento cirúrgico para aborto”, destacou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Materiais apreendidos eram utilizados para a realização de aborto
O delegado ressaltou ainda que contra Valkiria há ainda outros procedimentos em decorrência da prática de tráfico de entorpecentes, razão pela qual ela foi presa na manhã de hoje com mandado de prisão com sentença condenatória. “A Valkiria foi presa várias vezes pela delegacia de entorpecentes. Ela é conhecida nessa prática de tráfico de drogas. Dessa vez, ela não foi presa por um mandado de prisão preventiva, mas sentença condenatória, onde a pena ultrapassa 10 anos, e uma das prisões da DEPRE resultou nessa condenação. Ela tem vários processos abertos que podem resultar em novas prisões”, acrescentou.
- Foto: LucasDias/GP1Delegado William Moraes
Logo após ser recebida pelos policiais em sua residência no bairro Água Mineral, Valkiria foi levada para a sede da DICAP e, em seguida, encaminhada para o Instituto de Medicina Legal (IML) para a realização de exame de corpo de delito.
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