O vereador Fabiano Feitosa Lira (PRTB), de Brejo do Piauí se apresentou a sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na última sexta-feira (15), após ser decretada sua prisão.
Em entrevista ao GP1 neste domingo (17), o advogado do parlamentar, Wildes Próspero, informou que na sexta-feira, 15 de março, o vereador se apresentou ao Gaeco por volta de 10h35min. “Ele se apresentou na sexta-feira. Desde o dia da operação ele resolveu se colocar à disposição, requereu sua apresentação formalmente por escrito e o Gaeco marcou dia e hora e ele estava lá como foi solicitado”, informou o advogado.
O Gaeco deflagrou na quarta-feira, 13 de março, a “Operação Poço Sem Fundo”, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que era voltada para a prática de crimes contra a administração pública, incluindo fraudes em licitações. As ações policiais se concentraram nos municípios de Canto do Buriti, Brejo do Piauí e Teresina.
Desvio de R$ 500 mil
O promotor de Justiça de Canto do Buriti, José William da luz, informou na quarta-feira (13), que o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) constatou desvios de recursos públicos no valor de R$ 500 mil no esquema fraudulento chefiado pela ex-prefeita do município de Brejo do Piauí, Márcia Aparecida Pereira da Cruz, presa durante a “Operação Poço sem Fundo”.
Segundo o representante do Ministério Público do Piauí, os valores foram desviados entre os anos de 2013 e 2017 e somente no ano de 2015 a ex-prefeita Márcia Cruz desviou a quantia de R$ 300 mil.
Além de Márcia Aparecida Pereira da Cruz, o ex-secretário de administração do município de Brejo do Piauí, Emídio Pereira da Cruz e o pregoeiro Carlos Alberto Figueiredo também acabaram presos durante 1ª fase da operação.
Dois empresários identificados como Adcarliton Valente e Valdirene da Silva, proprietários da VSP Construtora, foram presos. Eles são apontados pelo Gaeco como responsáveis pelas emissões de nota frias para o desvio de pagamentos.
Vereador apontado como chefe
O vereador é apontado como o chefe do núcleo empresarial da organização criminosa, responsável por desviar quase R$ 600 mil em fraudes ocorridas nos processos licitatórios para a manutenção e perfuração de poços e chafarizes.
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