Na tarde deste domingo (24), o açude Caldeirão, situado na zona rural de Piripiri, sangrou e uma pessoa ficou ferida após ficar presa em um buraco de uma pedra. A informação foi confirmada pela jornalista do município, Jôve Oliveira.
A vítima trata-se de um homem que não teve ainda a identidade revelada. Testemunhas relataram para a jornalista que ele estava ingerindo bebida alcoólica com mais um casal e, em um determinado momento, escorregou.
“Nós estávamos banhando debaixo da ponte. E aí, esse rapaz estava bebendo um pouco mais acima da gente com mais um casal. Ele cochilou e desceu na pedra lisa e a água levou. Então, ele já ficou com a cabeça dentro de um buraco de uma pedra e ficou os pés ficaram em cima”, afirmou o professor Gilberto Carvalho para a jornalista Jôve.
A jornalista ainda relatou que um empresário, de nome Didilson Lima, que estava banhando no local prestou socorro ao homem, e após fazer respiração boca a boca e massagem cardíaca conseguiu reanimá-lo. O rapaz foi logo retirado pelos populares e encaminhado para o Hospital Regional Chagas Rodrigues. Ele ainda se encontra em observação.
Risco de rompimento
O açude Caldeirão, localizado em Piripiri, apresenta risco de rompimento colocando em perigo a vida dos 62 mil habitantes do município. A informação foi divulgada em uma matéria publicada na Folha de São Paulo com base em um relatório de inspeção do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs) que resultou em uma ação civil pública, proposta pela promotoria de justiça de Piripiri.
Conforme o documento, o Dnocs firma que, no dia 10 de dezembro do ano passado, foi notificado sobre a existência de “uma grande cavidade” no açude, construído entre 1936 e 1945 para irrigar a região em períodos de seca. Entretanto, o Governo do Estado do Piauí negou o risco durante uma reunião realizada entre os representantes do Dnocs, do Instituto de Desenvolvimento do Piauí (Idepi) e o Departamento de Estradas e Rodagens (DER-PI). O engenheiro responsável pela avaliação assegurou que, apesar das anomalias, não há perigo iminente de rompimento do açude.
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