Na Rede Feminina de Combate ao Câncer do Piauí (RFCC-PI) já é carnaval. A folia de momo animou a Sala de Recreação da entidade, localizada no Hospital São Marcos, na última terça-feira (19), e levou crianças, familiares, voluntárias, médicos e enfermeiras a cair na brincadeira.
A ação contou com a participação das Majestades do Carnaval 2019 e a animação ficou por conta da banda de música da Fundação Monsenhor Chaves que, com muita alegria, entoou marchinhas de carnaval colocando todo mundo para dançar.
- Foto: Divulgação/AscomBailinho de carnaval da Rede Feminina de Combate ao Câncer
As Majestades do Carnaval aproveitaram a oportunidade para realizar uma visita as crianças que estavam internadas nas enfermarias ou submetidas a processos de quimioterapia. Com muito bom humor e samba no pé, os reis e as rainhas levaram sorrisos, abraços e carinho, proporcionando as crianças e adolescentes, um momento de descontração e alegria.
Vilma Moraes é representante da Comissão Organizadora do Carnaval (COC). Para ela, o momento é de gratidão e felicidade. “Ficamos extremamente felizes e gratos em poder ajudar. Quando termina o concurso para rei e rainha do carnaval, eu já tenho a preocupação em agendar esses momentos porque sei que eles são importantes para quem os vivencia. A sensação de bem estar em fazer ações sociais como essa não tem preço. Já somos parceiras da Rede Feminina há muito tempo e todos os anos, procuramos levar a alegria a quem mais precisa”, disse ela.
- Foto: Divulgação/AscomRede Feminina de Combate ao Câncer realiza bailinho de carnaval
Maria Simone é mãe da pequena Sarah Beatriz, de seis anos, que há dois anos e meio luta contra a leucemia. Simone destaca que ações como essa são fundamentais no tratamento contra o câncer e comenta a felicidade da filha em poder participar desse momento.
“Nós, que somos mães e acompanhamos de perto o que os nossos filhos sentem, sabemos o quanto é difícil vê-lo limitados e privados de certas coisas. Mas, o que nos dá força é a acolhida que recebemos aqui por parte das voluntárias e tiramos isso como uma provação que nos levará a vencer mais adiante. Não só eu, como os outros pais que estão aqui agradecemos todos os dias por ter pessoas tão especiais e que se importam com a gente. A iniciativa das voluntárias em organizar momentos como esse é maravilhosa e, sem dúvidas, ajuda muito no tratamento dos nossos filhos. É uma maneira de desviar o sofrimento, é uma terapia diária. A Sarah ama as festinhas promovidas pela Rede Feminina e estava muito ansiosa para ver o rei e a rainha do carnaval”, disse Simone.
Quarta Solidária
Os pacientes oncológicos assistidos pela RFCC-PI também participaram do Quarta Solidária em ritmo de carnaval nesta quarta-feira, dia 20. A festa, que aconteceu no Lar de Maria, contou com a presença do Rei e da Rainha da Acessibilidade e da Terceira Idade. Os participantes brincaram ao som de marchinhas de carnaval e fizeram a festa com muitos confetes e serpentina.
Dona Cristina Pereira tem 77 anos e adora cair na folia. Participante assídua das festas de carnaval do Lar de Maria, para ela, amor e acolhimento é o que não faltam na casa de acolhimento. “Cheguei na Rede Feminina em 2005. Aqui, fui bem acolhida e ganhei uma família que antes eu não tinha. Sou bem tratada e tenho tudo o que preciso. Pelas voluntárias e pelo que eu vivi e vivo ainda hoje aqui, só tenho gratidão. Uma gratidão imensa. Sei que elas fazem o que podem fazer e tudo que é feito é maravilho. Traz mais alegria pra gente e sempre que sabemos que uma festa assim vai acontecer, ficamos na expectativa, aguardando ansiosos”, disse Dona Cristina.
Gracinha Andrade é vice-presidente da Rede Feminina e uma das idealizadoras do projeto Quarta Solidária, juntamente com a voluntária Solange Lima. Segundo ela, o projeto começou tímido e com o passar dos anos ganhou espaço e reconhecimento, fortalecendo-se e ajudando quem mais precisa.
“Quando eu e a Solange resolvemos iniciar o projeto, íamos nós mesmas até a Ceasa e pegávamos as frutas e verduras que estavam boas para o consumo, mas eram descartadas pelos feirantes. Fazíamos a distribuição em sacolinhas e entregávamos aos pacientes oncológicos assistidos pela Rede. Era uma maneira de ajudar quem mais precisa através da alimentação e nós sabíamos que aquilo ali era pouco, mas para eles era o suficiente. Pra gente, a sensação em ajudar era e continua sendo indescritível. Hoje o nosso projeto mudou, ganhou espaço e além da distribuição desses alimentos complementares, organizamos festinhas em datas comemorativas e proporcionamos momentos de alegria e descontração, como esse aqui”, destacou Gracinha.
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