Os técnicos de necropsia do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO), do Hospital Getúlio Vargas, realizam nesta segunda-feira (11), uma paralisação. A categoria está cobrando o retroativo que não é pago desde o mês de novembro de 2018. Com a greve dos profissionais, a família de uma pessoa morta estava com dificuldade de conseguir a liberação do corpo, pois apenas um estava no setor na manhã de hoje.
Após o início da greve, aconteceu uma reunião entre a classe e a direção do hospital. O secretário de saúde, Florentino Neto, informou que o ressarcimento será feito até sexta-feira (15). Em entrevista ao GP1, o ténico Pablo Vinícius Pachêco adiantou que, caso o acordo não seja cumprido, a paralisação irá voltar a acontecer.
“Eles pediram um prazo de até a próxima sexta-feira para estar repassando nossos meses atrasados. Concordamos em voltar as atividades, mas se até sexta-feira não cumprirem com o acordo, nós iremos voltar a realizar a paralisação, até que se normalize a situação", afirmou.
- Foto: Hélio Alef /GP1Pablo Vinícius Pachêco
O técnico Raimundo Silva explicou que apenas o profissional efetivo está sendo pago e outros três não. Ele revelou ainda que problema iniciou quando os pagamentos foram encaminhados para uma outra secretaria após a morte de dois profissionais. “Nós trabalhamos no SVO desde 2013, por meio de um teste seletivo. Eram quatro técnicos. Diante das circunstâncias, o teste seletivo findou em 2014. Eles resolveram a nossa situação nos pagando através das GIMAS [Gratificação de Incentivo à Melhoria da Assistência à Saúde]. Quando faleceu dois técnicos, nós passamos a trabalhar em uma carga horária 24 por 24 horas, eu e um outro técnico, por falta de profissionais, e uma técnica lá em patologia. Em novembro, o órgão que pagava a gente cortou e disse que ia nos encaminhar para outra secretaria”, relatou.
Agora, os técnicos foram transferidos para a Fundação Estatal Piauiense de Serviços Hospitalares. Porém, a categoria ainda não recebeu respostas acerca do pagamento do retroativo e, desta forma, a greve foi decretada em janeiro, mas apenas foi colocada em prática na manhã de hoje.
“Hoje, está fazendo uns quatro meses que agentes estão sem atribuição, sem retroativo e sem resposta. O prazo para resolver nossa situação acabou e não tivemos uma resposta positiva. Então, nos encaminharam para a FEPISERH. Na semana passada, ela [Fundação] entrou em contato com a gente, nos colocou para fazer um cadastro na parte de finanças, onde esse cadastro gerou um boleto, em que deveríamos pagar esse boleto para ela poder pagar o mês, quer dizer, não deu nenhuma resposta positiva em relação ao retroativo que ela, deu a entender, que assumiria na data atual”, completou Raimundo.
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