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Teresina - Piauí

Projeto atende mais de 100 pessoas em situação de rua em Teresina

Liderado pelo padre João Paulo Carvalho, o projeto conta com serviços psicológico, terapêutico, jurídico, médico e social, de forma gratuita.

Uma pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), ainda no ano de 2017, estima que mais de 101 mil pessoas estão em situação de rua no Brasil. Atualmente, o país não conta com estudos acerca do número atualizado dessa estimativa. Em Teresina, capital piauiense que abriga mais de 864 mil habitantes, conforme a amostragem divulgada pelo IBGE, associações filantrópicas se mobilizam para a assistência da população de rua do município.

Esse é o caso da Pastoral do Povo de Rua, localizada região centro-sul da cidade. Atendendo semanalmente cerca de 120 pessoas, a Casa também presta acompanhamento psicológico, terapêutico, jurídico, médico e social entre servidores voluntários e remunerados. De acordo com o coordenador do movimento, Padre João Paulo Carvalho, tudo começou com uma experiência realizada na cidade de Lisboa, em Portugal.


  • Foto: Jonas Carvalho/GP1Sede da Pastoral do Povo de Rua em TeresinaSede da Pastoral do Povo de Rua em Teresina

“Fiz uma experiência de distribuir alimentos em Lisboa como um voluntário de uma associação chamada Comunidade Vida e Paz. Quando eu retornei [para Teresina], no final de uma missa na Paróquia Vila da Paz eu perguntei quem gostaria de distribuir alimentos comigo aos moradores de rua para dar continuidade à experiência que eu vivi lá em Lisboa e então umas 10 pessoas se prontificaram a me ajudar”, contou o vigário.

Financiado por colaboradores e incentivos governamentais, o projeto mantém a casa de apoio e a República Santo Aleixo, que hoje abriga nove pessoas em processo de recuperação de algum vício ou por não ter onde morar.

Projeto formado por voluntários

A voluntária Maria José, hoje com 56 anos, contou emocionada como deixou para trás 26 anos de carreira na área de nutrição, para se dedicar às pessoas carentes. “Eu tive um momento de muito tumulto na minha vida, sempre fui religiosa, sempre fui aquela pessoa que gostava de ouvir as pessoas, de não julgar e no meu trabalho a gente mudou um pouco o perfil do trabalho e eu sentia que não estava fazendo um papel do bem e Deus me mostrou que nós somos filhos amados, mas amados para cuidar dos filhos dele que ainda não tem essa percepção”, concluiu.

Atualmente, a casa opera com um contingente de 25 voluntários e quatro funcionários fixos. Em débitos com contas de água, energia e gás, o abrigo também acumula déficits de estrutura e depende da boa ação de benfeitores para a manutenção do projeto social. A casa fica localizada na Rua Anísio de Abreu, número 702, Centro-Sul.

Para os voluntários que desejarem ajudar o projeto, o padre disponibilizou uma conta bancária:

Banco do Brasil

Agência: 4. 249-8

Conta Corrente: 11.348-4

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