O juiz de direito Robledo Moraes Peres de Almeida, da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri, negou recurso impetrado pela defesa de Frankelino Lacerda dos Reis e manteve sentença que determinou que ele seja submetido a julgamento pelo Júri Popular pelo assassinato do empresário Lucas Vieira de Sousa em setembro de 2018. A decisão foi dada no dia 15 de agosto.
A defesa entrou com pedido requerendo a reforma da decisão para despronunciá-lo por não haver indícios, no mínimo, críveis de autoria ou de sua participação no crime.
O representante do Ministério Público do Estado do Piauí apresentou contrarazões ao recurso pugnando pela manutenção da sentença de pronúncia em todos os seus termos.
- Foto: FacebookLucas Sousa
O magistrado destacou que a decisão não deve ser modificada porque foi proferida em conformidade com as provas carreadas nos autos do processo que comprovam a materialidade delitiva e os indícios que apontam para o acusado/recorrente a respectiva autoria.
“Assim sendo, mantenho em todos os termos a decisão de pronúncia proferida nestes autos”, concluiu o juiz que determinou ainda que os autos sejam encaminhados ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Piauí.
Relembre o caso
O proprietário de um lava-jato, identificado como Lucas Vieira de Sousa, foi executado com dois tiros na cabeça e um no braço no dia 19 de setembro de 2018, no bairro Promorar, zona sul de Teresina. O crime aconteceu na Avenida Transversal 2 e um dos envolvidos, conhecido como Franquielson, foi preso durante uma perseguição policial no bairro Parque Piauí.
Na época, o coordenador do DHPP, delegado Barêtta, revelou ao GP1 que Lucas estava sendo ameaçado por Franquelino Lacerda Reis. “Ele estava ameaçando porque diz que o Lucas tinha envolvimento na morte de um traficante identificado como Caio que aconteceu no passado. Parece que esse traficante deixava sempre o carro para lavar, e em uma certa vez, quando o Caio deixou o veículo no lava-jato, a vítima foi deixar novamente o carro na casa dele e em seguida, uns homens chegaram e mataram esse traficante”, afirmou.
“Dias depois, ele foi no lava-jato para tirar satisfação. Ele perguntou o que Lucas tinha a ver com a morte do Caio, como se ele tivesse levado os homens para matar o traficante", completou o delegado.
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