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Picos - Piauí

Novo piso salarial dos comerciários de Picos ainda não foi definido

Após três reuniões as duas partes não chegaram a um acordo e o impasse sobre reajuste salarial persiste.

Após três reuniões o Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Picos (Sintracs) e a classe patronal não chegaram a um acordo sobre o percentual de reajuste do piso salarial dos comerciários. Por conta desse impasse a convenção coletiva de trabalho não foi fechada e os ânimos começaram a se acirrar.

No último dia 23 de janeiro o Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado do Piauí (Sindilojas) divulgou nota endereçada as empresas do Comércio Lojista, Varejista e Atacadista de Picos e aos profissionais contadores fazendo algumas solicitações.


A nota, assinada pelo presidente da Fecomércio/PI, Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante e pelo presidente do Sindilojas, Tertuliano Ribeiro Passos, recomenda, dentre outras, que façam constar nos contracheques [dos comerciários] a partir do mês de janeiro de 2019, como antecipação de reajuste salarial, o índice de 3,43%, percentual este que reflete apenas a inflação acumulada de 2018.

Sintracs reage

Em resposta, o Sindicato dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Picos (Sintracs) emitiu nota no mesmo dia questionando o posicionamento da classe patronal sobre o andamento das negociações coletivas de 2019.

  • Foto: José Maria Barros/GP1 Marcos Holanda, presidente do SintracsMarcos Holanda, presidente do Sintracs

“Gostaríamos de esclarecer que até o momento tivemos três reuniões para tratarmos da convenção coletiva de trabalho de 2019, sendo que, na última delas, fomos informados, por um dos representantes da classe patronal, sobre a dispensabilidade da presença da classe laboral, em virtude de inexistência de avanços nas propostas e por terem aproveitado o momento para uma discussão interna” – diz a nota do Sintraçs.

A nota do Sintracs continua: “Ressaltamos que várias propostas e contrapropostas já foram feitas nesses intervalos, independentemente de reuniões formais, contudo, sempre se mantendo a classe patronal insensível a qualquer forma de avanço. Podemos perceber que querem tornar a negociação coletiva uma imposição de suas vontades, pois, após a reforma trabalhista, acreditam que tudo podem e que não há mais fiscalização ou leis a serem respeitadas”.

O Sintracs alerta ainda que o reajuste de 3,43% já está ultrapassado, visto que corresponderia a R$ 1.091,00, pois já está a discutir, como proposta patronal, o valor de R$ 1.100,00, o que corresponderia a 4,27% de reajuste salarial. Os comerciários querem uma variação de pelo menos 4,62%, percentual dado pelo governo ao salário mínimo.

Datada de 23 de janeiro de 2019, a nota é assinada pelo presidente do Sintracs, Marcos de Holanda Moura.

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