Na manhã deste sábado (12) uma mulher foi presa ao tentar entrar com entorpecentes no Presídio Gonçalo de Castro Lima – Vereda Grande, na cidade de Floriano, a 248 quilômetros da capital Teresina. Eva Maria Oliveira, de 55 anos, tentou entrar na unidade prisional com sabonetes recheados com maconha e chips de celular.
De acordo com informações do diretor da unidade, João Luis Ferreira, a mulher foi encaminhada para a Delegacia Regional de Floriano. Eva foi ao presídio visitar o filho, Silas de Oliveira Leite, que está preso por tráfico de drogas. Nas duas unidades de sabonete, os agentes encontraram 26 gramas de maconha e dois chips de celular.
Além dessa apreensão, o diretor informou ao GP1 que pela parte da tarde os agentes apreenderam outros sabonetes recheados com droga na unidade. Desta vez, ninguém foi preso.
- Foto: Divulgação Droga dentro de sabonete
“Agora na parte da tarde entraram mais duas visitas. Elas entraram rapidinho, retornaram e quando foram embora, no sacolão delas estava a droga no mesmo modus operandi, dentro do sabonete. Mais dois sabonetes. Cerca de mais de 28 gramas de entorpecentes. Como a outra foi [pega], ela foi com brevidade, ele retornou antes que fosse feita a vistoria no sacolão dela”, afirmou o diretor.
Modus Operandi
De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis Penitenciários e Servidores da Secretaria de Justiça do Piauí (Sinpoljuspi), Kleiton Holanda, é comum a tentativa de entrar com droga nos presídios do estado durante as visitas. Keliton contou ao GP1 que a maneira mais usada pelas mulheres é por meio de introdução da droga no órgão genital.
“Isso não quer dizer que é possível pegar 100%. Eles usam das mais variadas formas para conseguir adentrar com drogas dentro do presídio. A mais usada é no órgão genital, mas essa já era dentro do sabonete”, afirmou.
Questionado sobre o corte dos sabonetes, Kleiton disse que é comum que os objetos sólidos sejam cortados para diminuir as chances de que ilícitos entrem nos presídios.
“Já é uma praxe dos agentes fazer essa modalidade. Por mais que tenha detector de metal, droga não é metal. Então quando se passa no aparelho de raio x, o aparelho não detecta a droga, mas a agente ainda tem que fazer esse trabalho de repartir os sólidos. Eles usam as vezes vidros de shampoo e por aí vai”, disse.
O presidente do Sinpoljuspi contou ainda que na semana passada um litro de cachaça foi apreendido na Casa de Custódia, em Teresina. Segundo Kleiton, a pessoa retirou óleo de cozinha da embalagem sem romper o lacre e injetou com uma seringa a cachaça.
“Aqui na Custódia na semana passada foi pego um litro de cachaça dentro de um vasilhame de óleo. Substituem o óleo e injetam com a seringa uma cachaça que parece com óleo. Eles não violam o lacre de cima. É um trabalho tão bem feito que é quase imperceptível”, concluiu.
Ver todos os comentários | 0 |