Em mais uma fiscalização realizada no Hospital Infantil Lucídio Portela, em Teresina, referência no atendimento público de crianças e adolescentes no Estado, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Piauí – CRM-PI constatou nesta quinta-feira que os problemas de infiltração e na arcaica fiação elétrica comprometem cada vez mais a qualidade do atendimento oferecido à população. Além disso, foram encontradas falhas nos locais de repouso das equipes de saúde, falta de vários medicamentos, infiltrações e mofo em vários setores, incluindo enfermarias e consultórios médicos.
- Foto: Divulgação/AscomFiscalização no Hospital Infantil Lucídio Portela
O projeto do prédio do Hospital Infantil é datado de 1947 e foi inaugurado em 1951, ou seja, a estrutura física é a mesma em uso há quase 70 anos e as poucas reformas executadas desde então não contemplam a melhoria para um hospital de referência. Atualmente, a unidade conta com 77 leitos de enfermaria e nove leitos de UTI.
Após uma interdição feita pelo Ministério Público Estadual, a atual gestão recebeu alguns recursos e está fazendo reformas físicas pontuais. Entre elas, a troca da fiação elétrica, que ocasionalmente gera apagões ou panes, o teto vem passando por melhorias, após graves infiltrações e comprometimento das paredes e pintura e reformas estão sendo feitas no Serviço de Referência de Triagem Néo-Natal. Algumas enfermarias não contam com ar condicionado e os mesmos só poderão ser instalados, após haver um rebaixamento do teto do prédio.
- Foto: Divulgação/AscomCRM-PI realiza vistoria no Hospital Infantil Lucídio Portela
A fiscalização foi acompanhada pela diretora técnica do hospital, Drª Leiva Moura. Ela afirmou que a estrutura do hospital não suporta uma ampliação física a contento e que as melhorias estão sendo feitas conforme os recursos são liberados. Recentemente R$ 200 mil foram liberados e estão sendo usados na reforma. A fiscalização contou com a presença da presidente do CRM-PI, Drª Mírian Palha Dias Parente, do corregedor Dr. Dagoberto Barros da Silveira e dos conselheiros Drª Luíza Ivete, Drª Maria Aline, Dr. Bruno Ribeiro e Dr. Adriano Reis. Após conclusão do relatório técnico do departamento de Fiscalização do CRM-PI, medidas e prazos serão exigidos para que a população não sofra mais os danos de tantos problemas ocasionados pela falta de condições físicas ideais para a prestação dos atendimentos.
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