O secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Picos, Filomeno Portela, é bastante incisivo quando alerta sobre danos causados por animais soltos nas vias. Segundo explica, existe o risco constante de acidentes de toda natureza a pedestres e trânsito em geral.
“Desde um simples susto, ao um grave acidente como atropelamentos. E isso causa muita morte. Todo mundo já ouviu falar de alguém que bateu em um jumento e morreu. Todo mundo já ouviu falar de alguém que bateu numa vaca e se lascou todo. Todo mundo já ouviu falar de alguém que bateu num cachorro e quase morre da queda. É isso que geralmente acontece”, alerta.
A demanda de animais soltos nas vias, sobretudo nas BRs que cortam a cidade, é tamanha que, revela Filomeno Portela, em apenas uma simples recolha de bichos feita pelos agentes do município em parceria com a Policia Rodoviária Federal, foram recolhidos mais de 30 jumentos.
Os bichos, em sua grande maioria asnos (ou jumentos), são capturados e levados para o curral municipal, onde ficam à espera de alguma resolução. Para os animais apreendidos, existe um prazo de 10 dias para que o dono restabeleça sua posse.
“O dono do animal tem esse prazo para que a sua posse seja restabelecida. Afora isso, o animal pode ser doado para outra pessoa que se interesse pelo bicho”, explica.
Doação
A referida secretaria tem um modelo de doação dos bichos recolhidos. Explica o chefe de apreensão de animais, Erismar Santiago, que o interessado em adquirir algum animal apreendido, deve apresentar apenas documentação pessoal, além de garantir a posse do bicho.
“A doação ocorre dependendo da demanda do bicho. Se a disponibilidade do animal que o interessado deseja é compatível com a demanda, fazemos de imediato a sua doação, sem custos”, assegura.
Termo de posse/responsabilidade
O solicitante deve assinar ainda um termo de posse/responsabilidade sobre o bicho adotado. A intenção é garantir que o animal não retorne às vias públicas onde possa causar inúmeros transtornos.
“Caso ocorra desistência, a pessoa que adotou o bicho deve nos procurar e fazer a devolução. Do contrário, se capturarmos um animal e for identificado como peça de doação, o doador identificado poderá sofrer sanções penais”, alerta o chefe de apreensão de animais.
Destino adequado
O secretário Filomeno Portela lembra que existe uma Ong baiana que faz um trabalho de resgate dos animais aqui apreendidos.
“Essa ONG vem regularmente em Picos, nos solicita a posse de alguns animais e faz o transporte destes bichos apreendidos nas ruas. Geralmente são jumentos. Lá, eles cuidam do animal e dão um destino para ele. Esse destino nós desconhecemos”, explica.
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