A juíza de direito Cássia Lage de Macedo, da Vara Única da Comarca de Avelino Lopes, pronunciou o lavrador Cleismar Marques Lustosa pela morte de Auricelia Matias Lopes, de 16 anos, em novembro de 2017, em Curimatá. A sentença foi dada em 15 de junho deste ano.
Com a pronúncia, Cleimar, que é irmão do vereador de Curimatá, Antônio Emanuel Lustosa de Carvalho, o "Toninho Carvalho", vai a julgamento pelo Tribunal Popular do Júri pelo crime de homicídio duplamente qualificado (por motivo fútil e à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido).
- Foto: Facebook/Auricelia MatiasAuricelia Matias Lopes, de 16 anos, foi assassinada
Na sentença, a magistrada destacou que “quanto à autoria, os indícios apontam em direção ao réu, uma vez que as provas testemunhais e o próprio depoimento do acusado em juízo são indicativos da competência da avaliação dos fatos pelo Tribunal do Júri”.
A juíza decidiu ainda pela manutenção da prisão preventiva do acusado uma vez que ficou demonstrada a gravidade em concreto do fato, a repercussão social do fato criminoso e a periculosidade de Cleismar, bem como a tentativa de furtar-se à aplicação da lei pena.
Denúncia
Segundo denúncia do Ministério Público do Estado, no dia 11 de novembro de 2017, por volta das 23h30, efetuou disparos de arma de fogo contra Auricelia Matias Lopes e Glenes Martins Cunha, após uma discussão entre o acusado e Glenes, proprietário do bar onde ocorreu o crime, decorrente deste último ter se negado a vender fiado 6 latas de cerveja.
Consta que o acusado teria agredido fisicamente Glenes e deixado o local, retornando aproximadamente 30 minutos depois, portando uma arma de fogo, momento em que teria disparo contra Glenes, atingindo-o de raspão, na altura do abdômen, e teria efetuado mais dois disparos, um atingindo fatalmente a vítima Auricélia.
Cleismar que após Glenes negar-se a vender fiado, conseguiu dinheiro emprestado com um amigo, pagou por 3 cervejas e exigiu que Glenes o respeitasse. Ele disse ainda que Glenes teria desferido um soco no seu rosto.
Afirmou também que ao retornar ao local, Glenes teria investido em sua direção com o intuito de esbofeteá-lo e que teria sacado a arma e atirado para se defender, o que não teria sido suficiente para que Glenes desistisse de seu intuito, razão pela qual teria efetuado o segundo disparo, que atingiu a vítima Auricélia, por esta ter passado na frente de Glenes.
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