Aconteceu, na tarde desta sexta-feira (29), a procissão do tradicional festejo de São Pedro Apóstolo e Pescador, no bairro Poti Velho, zona norte de Teresina. Ela acontece em duas etapas: a primeira é a fluvial, quando a imagem do santo é embarcada no rio Parnaíba, próximo ao Iate Clube de Teresina, na Avenida Maranhão. De lá, a imagem segue até o cais do Rio Poti.
Depois desse percurso, a imagem do santo é acolhida por uma multidão de devotos e assim tem início à procissão por terra, pelas ruas do bairro, até a Capela Nossa Senhora do Amparo, no Poti Velho, para uma missa campal presidida por Dom Jacinto Brito, arcebispo Metropolitano de Teresina.
Para o padre Frei Aguiar, o festejo de São Pedro é uma oportunidade para que os fiéis se identifiquem com a personalidade de Pedro, e entregar-se totalmente a Cristo. “São Pedro era um pescador da Galileia, que Jesus o encontrou as margens do mar: o olhou, e o chamou, para ser seu discípulo. Ele conviveu com o Divino Mestre e foi transformado em apóstolo”, afirmou o pároco.
Luís Araújo, auxiliar do padre Frei Aguiar, falou sobre a importância da procissão: “Ela é muito antiga e é, sobretudo, a importância de cada vez mais vivificar a fé do povo. Eles sentem a necessidade de manifestar a fé através da procissão e da devoção que eles têm a São Pedro”.
“Nós sabemos que São Pedro foi o primeiro papa da igreja e a quem Jesus confiou a igreja dele aqui na terra, então, nós fazemos essa memória do dia de hoje, não só a ele, mas a São Paulo também pra poder dar continuidade à sua história. São muitas pessoas que vêm de diversos lugares de Teresina, pra poder participar conosco”, declarou.
Dona Osvaldina lamentou o fato da procissão não atrair mais tantos fiéis: “Eu acho muito bonita a procissão, só que eu estou com pena porque parece que a cada ano vem diminuindo mais os fiéis, e eu gostaria que nunca acabasse uma coisa que é muito importante”, disse.
“Pode-se dizer que Teresina começou aqui e agora o povo não está mais dando valor acho que as tradições estão ficando pra trás, estão arrumando coisas diferentes, que não levam a futuro nenhum”, lastimou dona Osvaldina que completou: “Todo ano eu venho, só não venho se eu estiver doente, eu sempre venho com minhas irmãs, mas hoje eu estou só”.
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