A juíza de direito Maria Zilnar Coutinho Leal, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, pronunciou o estudante de Direito André Luís Borges Martins pelo crime de homicídio contra a técnica de enfermagem Milena Amanda Nery e lesão corporal grave. A decisão é de 20 de fevereiro deste ano.
Segundo denúncia do Ministério Público do Estado, no dia 4 de dezembro de 2016, às 2h20min, na BR 343, em frente ao restaurante Frango Dourado, André Luís conduzindo o veículo Fiat Línea, em estado de embriaguez alcoólica e em total desrespeito à legislação nacional de trânsito, colidiu com o veículo Hyundai HB20S ocupado por Milena, o seu namorado Francieldo Pereira causando a morte da primeira e lesões na segunda vítima e em N. A., que estava de passageira no carro do acusado.
- Foto: Facebook/André BorgesAndré Luís Borges Martins
“Vale destacar que além da total falta de condições físicas e psíquicas do acusado para conduzir veículo automotor, posto que se encontrava em estado de embriaguez alcoólica, o mesmo no momento do abalroamento no veículo das vítimas, empregava velocidade excessiva na via, situação esta agravada pela desobediência as regras de trânsito, uma vez conduzia o veículo Fiat/Linea em "zigue-zague" entre as faixas de rolamento da BR 343, conjunto, portanto, de situações que demonstram que fora a conduta do acusado que propiciara o evento danoso”, diz trecho da denúncia.
Na decisão, a juíza destacou o depoimento de N. em que a mesma afirma que, por diversas vezes, durante o percurso, pediu ao acusado para parar o veículo e que o mesmo, além de não ter parado o carro, ainda aumentava a velocidade, fazendo zigue-zague na pista. Ela confirmou ainda que André Luís estava sob efeito de álcool no momento da colisão.
O acusado vai aguardar ao julgamento em liberdade.
Defesa nega o crime
O advogado de André Luís Borges Martins, Leôncio Coelho, negou que o estudante de Direito tenha causado a colisão e afirmou que o laudo pericial não confirma que seu cliente estava embriagado. “O laudo pericial diz que ‘deixar a cargo de um patrulheiro determinar que alguém se encontra embriagado ou a uma testemunha é por demais perigoso, posto que já é difícil para o profissional médico, imagine para quem não tem essa informação e, notadamente, porque em acidentes de transito é comum haver ‘pressão baixa’, tonturas, etc. pela desaceleração e trauma cranioencefálico que pode levar o leigo, dentre eles os policiais, a afirmar que alguém esta ébrio sem que esteja’.
Relembre o caso
Milena Amanda estava em um veículo, modelo HB20, acompanhada do noivo, Francieldo Pereira, quando André Luís Borges Martins, que conduzia um carro modelo Linea, colidiu frontalmente com o veículo do casal. Ele estava acompanhado de duas adolescentes, entre elas, N. A. M. da S., que ficou gravemente ferida.
- Foto: Instagram/Francieldo PereiraFrancieldo Pereira e Milena Amanda
Tanto o casal, como o suspeito do crime, foram conduzidos para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Milena Amanda morreu momentos após chegar na unidade hospitalar. Francieldo Pereira passou por cirurgia no HUT, mas depois foi levado para o Hospital Unimed, de onde recebeu alta dias depois.
O acusado, Luís André, teve a prisão preventiva decretada quando ainda estava internado no Hospital de Urgência de Teresina. Mas antes de ser liberado do hospital, teve a prisão revogada, mediante pagamento de fiança no valor de R$ 9.370,00 . Foi determinado pelo juiz Luiz de Moura Correia, o cumprimento de medidas cautelares, entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de frequentar bares, boates e similares e suspensão do direito de dirigir até o encerramento da ação criminal.
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