O desembargador Sebastião Ribeiro Martins, 2ª Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí, decretou a prisão preventiva de Moaci Moura da Silva Júnior acusado de provocar o acidente que matou os irmãos Bruno Queiroz e Francisco das Chagas Júnior, do Coletivo Salve Rainha, ocorrido em junho de 2016. A decisão é desta quinta-feira (08).
O requerimento foi feito pelo assistente de acusação, Francisco das Chagas de Araújo Costa, pai dos irmãos mortos, alegando que diferente das razões que foram expostas no pedido de revogação de medidas cautelares apresentado pela defesa de Moaci recentemente, ele descumpre constantemente as medidas cautelares impostas pelo judiciário.
- Foto: DivulgaçãoMoaci Moura é acusado de matar irmãos do coletivo Salve Rainha
Ele ainda afirmou que Moaci frequentou bares e similares e ingeriu bebida alcoólica assim como dirigiu veículos automotores mesmo estando terminantemente proibido de fazê-lo.
Na decisão, o magistrado destacou que “constata-se que o acusado insiste em descumprir as medidas cautelares impostas, demonstrando desrespeito à legislação, bem como, comprovando a insuficiência de tais medidas no caso em tela, devendo ser restabelecida sua prisão preventiva”.
O desembargador então determinou a expedição do mandado de prisão preventiva e a inclusão da decisão no Banco Nacional de Mandado de Prisão do Conselho Nacional de Justiça, bem como a informação de seu cumprimento.
Relembre o caso
Jader Damasceno e os irmãos Bruno Queiroz e Francisco das Chagas Júnior, produtores culturais do coletivo Salve Rainha, estavam em um carro modelo Fusca, quando um veículo Corolla, conduzido por Moaci Moura, os atingiu violentamente, no dia 26 de junho de 2016, na Avenida Miguel Rosa, em Teresina.
- Foto: Divulgação/Lucas Dias/GP1Os irmãos Bruno Queiroz e Francisco das Chagas Júnior morrem após o acidente e Jader Damasceno, que sobreviveu
Bruno morreu no local e Francisco das Chagas faleceu dias depois no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Moaci não sofreu ferimentos porque foi protegido pelo airbag de seu carro.
Após a colisão, Moaci tentou fugir a pé, mas foi capturado por uma guarnição da Polícia Militar que realizava rondas pelo local e ouviu o barulho do impacto da batida. Ele foi submetido à realização do teste do bafômetro, que apontou estado de embriaguez e, em seguida, conduzido à Central de Flagrantes.
O acusado foi indiciado por crime de omissão de socorro e homicídio no trânsito e responde ao processo em liberdade. Durante a reconstituição do acidente, a perícia constatou que Moaci estava dirigindo acima da velocidade máxima permitida na via e ainda ultrapassou o sinal vermelho.
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