Um homem identificado como Flávio Willame da Silva, vulgo Boneco, foi baleado no início da tarde desta terça-feira (16), na Vila São Francisco Sul, em Teresina. Flávio, segundo a denúncia do MP, é o autor do disparos que terminou na morte do policial do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Piauí (Bope), Claudemir Sousa. Recentemente, ele teve liberdade provisória concedida pelo juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto, no último dia 09 de janeiro de 2018.
- Foto: Divulgação/Polícia MilitarFlavio Willame da Silva
De acordo com informações repassadas pela tenente-coronel Elza Rodrigues, da diretoria de comunicação da Polícia Militar do Piauí, a Companhia Independente do Promorar foi acionada com a informação de que um homem tinha sido baleado na região da Vila São Francisco Sul, mas ao chegarem no local o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) já havia socorrido o homem.
“A viatura foi acionada e foi até o local, mas não temos muitos dados porque quando chegaram no local o SAMU já havia feito o resgate, mas foi na vila São Francisco Sul, e o baleado foi identificado como Flávio Willame da Silva, foram cinco disparos, mas ainda não sabemos a motivação e o que, de fato, ocorreu”, relatou a tenente-coronel.
Ainda conforme a tenente-coronel Elza, Flávio foi encaminhado para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT). A ocorrência será encaminhada para o distrito policial da área para que a Polícia Civil abra a investigação para apurar os fatos.
Hospital de Urgência de Teresina
Segundo a assessoria do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), Flávio Willame da Silva foi atingido com cinco disparos na região do tórax e ainda foi lesionado com golpes de faca na cabeça e nos braços. Ainda segundo o HUT, o estado de saúde de Flávio Willame da Silva é considerado grave, porém, estável. Ele encontra-se na sala de estabilização.
Entenda o caso
O cabo Claudemir Sousa, lotado no Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar, foi morto com vários tiros, no dia 6 de dezembro de 2016, na porta de uma academia na avenida principal do bairro Saci, zona sul de Teresina.
- Foto: Facebook/Claudemir Sousa Claudemir Sousa
Uma câmera de segurança da academia flagrou o momento em que o policial foi surpreendido por um criminoso.
Horas após o assassinato, cinco pessoas foram presas acusadas de terem arquitetado e executado o crime, dentre elas, um funcionário da Infraero, acusado de ser o mandate do assassinato e, também, um taxista, que foi o responsável por agenciar quatro homens para matar o policial militar. Na tarde do mesmo dia foi preso Flávio Willames, que havia saído há dois meses do Complexo de Pedrinhas, em São Luís-MA.
Em janeiro, o promotor Régis de Moraes Marinho denunciou oito acusados da morte do policial: Maria Ocionira Barbosa de Sousa (ex-diretora administrativa do Hospital Areolino de Abreu), Leonardo Ferreira Lima (ex-funcionário da Infraero), Francisco Luan, Thaís Monait Neris de Oliveira, Igor Andrade Sousa, José Roberto Leal da Silva (taxista), Flávio Willame da Silva e Weslley Marlon Silva (atiradores).
No dia 12 de junho de 2017, o juiz ouviu as testemunha no caso. No dia 30 de junho, os acusados de envolvimento na morte do cabo Claudemir de Sousa mudaram o discurso e negaram que tenham feito parte do plano para acabar com a vida do oficial do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Piauí.
No último dia 09 de janeiro de 2018, o juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto revogou a prisão dos oito envolvidos na morte do policial do Bope. Agora os suspeitos respoderão ao processo em liberdade provisória.
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